Política

PSB confirma Alckmin como vice de Lula

O PSB oficializou nesta sexta-feira (08/04) a indicação do nome do ex-governador paulista Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT). A indicação foi efetivada após uma reunião com a liderança dos dois partidos num hotel em São Paulo, da qual também participaram Lula e Alckmin.

“Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira”, afirmou Lula. O petista e Alckmin foram adversários políticos por anos, e se enfrentaram diretamente na eleição presidencial de 2006, quando o ex-governador ainda era filiado ao PSDB.

Alckmin frisou durante o evento que “aqui foi bem explicitado o momento grave que nós estamos vivendo”. E completou: “Na realidade não é hora de terrorismo, é hora de generosidade, grandeza política, desprendimento e união. Política não é uma área solitária, a força da política é centrípeta. Nós vamos somar esforços aí para a reconstrução do nosso país”.

Geraldo Alckmin usando blazer e fazendo sinal de jóia com as duas mãos. Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de Alckmin, também faz jóia com as duas mãos. Ele usa uma camisa social azul clara.
Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva (Ricardo Stuckert/Divulgação)

“Talvez ganhar eleições seja mais fácil do que recuperar o país”

Lula confirmou ainda que o PSB irá participar do processo de formulação do plano de governo. O pré-candidato petista disse também que “talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa de que teremos pela frente de recuperar esse país”.

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Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março, Lula apareceu com 43% das intenções de voto no primeiro turno, contra 26% de Bolsonaro. 

A indicação de Alckmin foi formalizada numa carta do PSB para o PT. De acordo com o texto, “a composição de uma frente ampla exige a formulação de um programa de que corresponda às perspectivas das forças que a compõem, tanto em termos políticos partidários quanto o que se refere aos segmentos da sociedade civil que tal frente pretende representar”.

O PSB, segundo a carta, apresentará um programa e pretende que ele seja incorporado na plataforma de Lula. “Apenas uma [chapa], contudo, pode entregar à população o muito que, com toda legitimidade, ela exige. Temos convicção de que esta chapa é a que se consolidará com as candidaturas dos companheiros Lula e Geraldo Alckmin.”

A carta assinada pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que “o que estará em questão na eleição de 2022 é o confronto decisivo entre democracia e autoritarismo”.

PSB espera que Alckmin tenha protagonismo

A liderança do PSB já havia aprovado a decisão de indicar Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula. Agora, a executiva do PT precisa aprovar a indicação do ex-governador de São Paulo. Apesar dos ritos, o acordo já vinha sendo selado entre as legendas desde o final do ano passado.

Para selar a aliança, Alckmin deixou em dezembro o PSDB, partido que ajudou a fundar, e se filiou ao PSB, que é até agora a principal legenda a embarcar na campanha de Lula. Em paralelo, PSB e PT tentaram negociar uma federação, que não saiu do papel. Ela foi formada apenas entre PT, PV e PC do B.

As lideranças do PT e do PSB esperam que Alckmin tenha protagonismo na campanha para o Palácio do Planalto e também num eventual governo, embora seus papéis ainda não estejam totalmente definidos.

fc (ots)

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