Saúde

Vacina contra dengue pode ser ampliada no SUS em 2024

O Ministério da Saúde anunciou que estuda aumentar a oferta do imunizante Qdenga, que protege contra os quatro tipos da doença, para mais regiões do país

O Ministério da Saúde anunciou que estuda aumentar a oferta do imunizante Qdenga, que protege contra os quatro tipos da doença(Antonio Cruz – Agência Brasil)

O Brasil pode ter uma maior cobertura vacinal contra a dengue em 2024. O Ministério da Saúde informou que estuda ampliar a oferta da vacina Qdenga, que previne a infecção pelos quatro sorotipos do vírus da dengue, para mais municípios brasileiros. A vacina, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023 e incorporada ao SUS em dezembro do mesmo ano.

Atualmente, a vacina Qdenga é aplicada em 521 municípios de 12 estados, considerados prioritários por terem alta incidência de dengue. A vacina é indicada para pessoas de 4 a 60 anos, que já tiveram ou não dengue anteriormente. O esquema vacinal é de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Segundo o Ministério da Saúde, o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses em 2024, o que permitirá imunizar cerca de 3,1 milhões de pessoas.

A ampliação da oferta da vacina Qdenga depende de uma avaliação técnica e financeira do Ministério da Saúde, que leva em conta aspectos como a disponibilidade de doses, o custo-benefício, a efetividade e a segurança do imunizante. A pasta também realiza reuniões com a Anvisa, a Fiocruz e o Instituto Butantã para discutir o tema. “Todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta [de vacinas]”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na abertura do Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília, no dia 3 de fevereiro.

A vacina Qdenga é a segunda vacina contra a dengue aprovada no Brasil, mas a primeira a ser oferecida no sistema público de saúde. A outra vacina, chamada Dengvaxia, é produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e está disponível apenas em clínicas particulares. A Dengvaxia é indicada para pessoas de 6 a 45 anos, que já tiveram dengue confirmada por exames laboratoriais, e requer três doses, com intervalo de seis meses entre elas.

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As duas vacinas são feitas com vírus vivos atenuados da dengue e induzem a produção de anticorpos contra os quatro sorotipos da doença. A eficácia da Qdenga é de 80,2%, enquanto a da Dengvaxia é de 66%. Ambas as vacinas reduzem o risco de formas graves da dengue, como a dengue hemorrágica, que pode levar à morte.

A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir a zika, a chikungunya e a febre amarela. Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos. Em alguns casos, a dengue pode evoluir para uma forma grave, com sangramentos, queda da pressão arterial e choque. A dengue não tem tratamento específico, apenas sintomático, com hidratação e uso de analgésicos e antitérmicos.

A vacinação é uma das medidas de prevenção da dengue, mas não dispensa outras ações, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, usar repelentes e telas nas janelas, e procurar atendimento médico em caso de suspeita da doença. O Ministério da Saúde reforça que a vacinação contra a dengue é gratuita, segura e eficaz, e recomenda que as pessoas que fazem parte do público-alvo procurem os postos de saúde para se imunizar.

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