Dólar recua a R$ 5,49 após derrubada do aumento do IOF e recuo da inflação
Moeda norte-americana cai 1,02% com alívio da prévia inflacionária e decisão do Congresso; Bolsa sobe cerca de 1%
Nesta quinta-feira (26), o dólar comercial fechou em R$ 5,498 — uma queda de 1,02%, voltando a ficar abaixo dos R$ 5,50, sua menor cotação desde outubro do ano passado. Esse movimento de valorização do real foi impulsionado por três fatores principais:
- Derrubada do decreto que aumentava o IOF, aprovada pela Câmara e pelo Senado na quarta-feira, aliviando parte da carga tributária sobre operações financeiras e fortalecendo a confiança do mercado.
- Prévia da inflação (IPCA‑15) em junho ficou em 0,26%, menor do que os 0,36% de maio, o que reforça a perspectiva de redução na Selic.
- Cenário externo favorável, com otimismo global, trégua entre Irã e Israel e dados econômicos dos EUA pressionando o dólar globalmente.

A reação do mercado foi positiva: o Ibovespa subiu cerca de 1%, fechando em 137 mil pontos. No mês, o dólar acumula queda de quase 3,9%, e recuo anual de cerca de 11%.
A reversão do aumento do IOF implica perda de R$ 12 bilhões em receita, segundo a Receita Federal. Ainda assim, o mercado vê a medida como uma força a mais na contenção fiscal, caso o governo busque pressionar corte de despesas. A desaceleração da inflação também reforça esse otimismo, alimentando a expectativa de cortes na taxa de juros pelo Banco Central.
Na cena internacional, o dólar também enfraqueceu. O índice DXY, que mede a força da moeda americana frente a outras divisas, atingiu níveis não vistos em três anos, ajudado pelas especulações em torno da política monetária nos EUA.







