Brasil

Nana Caymmi morre aos 84 anos no Rio de Janeiro

Ícone da música brasileira faleceu após nove meses de internação devido a complicações cardíacas

A cantora Nana Caymmi faleceu nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde julho de 2024 na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde tratava complicações decorrentes de uma arritmia cardíaca. De acordo com boletim médico, a causa da morte foi disfunção de múltiplos órgãos.

Nana Caymmi morre aos 84 anos no Rio de Janeiro
Ícone da música brasileira faleceu após nove meses de internação devido a complicações cardíacas(Reprodução – Instagram Nana Caymmi)

Durante a internação, a artista enfrentou diversos procedimentos médicos, como cateterismo, traqueostomia e a implantação de um marcapasso. A gravidade de seu estado de saúde já era acompanhada de perto por familiares e admiradores. Seu irmão, o músico Danilo Caymmi, confirmou o falecimento e destacou o sofrimento vivido por Nana nos últimos meses.

Trajetória de uma das maiores vozes da MPB

Nascida em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, como Dinahir Tostes Caymmi, Nana era filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, e irmã dos músicos Danilo e Dori Caymmi. Desde jovem, foi influenciada pelo ambiente artístico da família, o que moldou sua sólida carreira musical.

Sua estreia nos palcos ocorreu nos anos 1960, e, embora inicialmente enfrentasse resistência devido à sombra do pai famoso, Nana consolidou-se como uma das maiores intérpretes da música popular brasileira. Com uma voz grave e inconfundível, suas interpretações emocionadas conquistaram público e crítica.

Entre os trabalhos mais marcantes estão os álbuns “Nana Caymmi” (1967), “Bolero” (1993) — que lhe rendeu grande reconhecimento — e “Resposta ao Tempo” (1998), com a faixa-título se tornando um clássico moderno. Ao longo de mais de seis décadas, colaborou com nomes como Tom Jobim, Milton Nascimento e César Camargo Mariano.

Apesar do perfil reservado e da carreira marcada por altos e baixos, Nana jamais perdeu o respeito do meio artístico. Em entrevistas e canções, era conhecida por sua sinceridade e intensidade. Seu repertório unia elementos do bolero, da bossa nova e da canção romântica, sempre interpretados com profunda emoção.

Repercussão e homenagens

A notícia de sua morte gerou forte comoção no meio artístico. Diversos músicos e personalidades prestaram homenagens, como Alcione, Tereza Cristina, Elba Ramalho e Zélia Duncan, destacando sua importância como voz feminina e sua contribuição singular à cultura brasileira.

Detalhes sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgados pela família.

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