Aumento de doenças respiratórias ameaça idosos; comorbidades agravam casos
Influenza A lidera mortes por SRAG entre idosos no Brasil; especialistas alertam para vacinação e cuidados no inverno
O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de doenças respiratórias, impactando especialmente a população idosa. Dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que a influenza A se tornou a principal causa de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre idosos, superando a COVID-19.

Vulnerabilidade da população idosa
Com o envelhecimento, o sistema imunológico torna-se menos eficiente, tornando os idosos mais suscetíveis a infecções respiratórias graves. Além disso, a presença de comorbidades como doenças cardíacas, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma, diabetes e insuficiência renal aumenta significativamente o risco de complicações.
Dados alarmantes
Até o início de maio, o Brasil registrou 24.571 hospitalizações por SRAG, sendo que 50% dos casos nas quatro semanas anteriores foram atribuídos ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável também por 11% dos óbitos . A taxa de letalidade por VSR entre idosos alcançou 26% entre 2013 e 2023, sendo 20 vezes maior do que em crianças.
Impacto na qualidade de vida
Mesmo após a alta hospitalar, muitos idosos relatam perda de funcionalidade para realizar atividades diárias, evidenciando o impacto duradouro dessas infecções na qualidade de vida e autonomia.
Prevenção e cuidados
Com a chegada do inverno, medidas preventivas tornam-se essenciais:
- Vacinação: Atualizar o calendário vacinal, incluindo vacinas contra influenza, COVID-19, pneumocócica e, quando possível, contra o VSR.
- Higiene: Lavar as mãos frequentemente e evitar tocar o rosto.
- Uso de máscaras: Recomendado em locais fechados ou com aglomeração, especialmente para pessoas com sintomas respiratórios.
- Ambientes ventilados: Manter janelas abertas para garantir boa circulação de ar.
- Evitar aglomerações: Manter distância segura em locais públicos e evitar contato direto com pessoas doentes.
A Unimed-BH também alerta para o aumento de casos e internações entre idosos, reforçando a importância dessas medidas preventivas.