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Na raça e na estratégia, Flamengo empata com o Racing e está na final da Libertadores

Mesmo sem marcar, time carioca fez valer o placar da ida e se classificou para a final da principal competição sul-americana

O Flamengo fez valer a vantagem conquistada no Maracanã e, em uma atuação marcada por maturidade e controle, garantiu classificação à final da Copa Libertadores 2025 ao empatar por 0 a 0 com o Racing Club em Avellaneda.

Na raça e na estratégia, Flamengo empata com o Racing e está na final da Libertadores
Empate sem gols foi suficiente para garantir vaga após vitória por 1 a 0 no jogo de ida, no Maracanã(Adriano Fontes – Flamengo)

Após a vitória por 1 a 0 no jogo de ida, com gol de Jorge Carrascal marcado nos instantes finais em casa, o Rubro‑Negro tinha a vantagem e entrou em campo na tarde desta quarta‑feira disposto a suportar a pressão.

Desde os minutos iniciais, o jogo foi intenso. O Racing tomou a iniciativa e manteve a posse de bola maior, sobretudo após os 20 minutos do primeiro tempo, buscando impor ritmo e intensidade para reverter o placar agregado desfavorável. O Flamengo, por sua vez, apostou num sistema mais cauteloso: compacto, bem organizado defensivamente, pronto para explorar contra‑ataques e neutralizar as principais investidas adversárias.

A expulsão de Gonzalo Plata, do Racing, aos 10 minutos da etapa complementar, poderia ter desequilibrado a partida de vez. Mesmo com o homem‑a‑menos do adversário, o Flamengo não se expôs de modo imprudente: manteve a concentração, bloqueou espaços e evitou sustos até o apito final.

Entre os destaques individuais, o goleiro Agustín Rossi teve papel decisivo, fazendo ao menos uma defesa de nível para manter o placar intacto. O sistema defensivo – com linhas próximas e boa comunicação – conteve as trocas de passes e infiltrações do Racing, que terminou o jogo com números de pressão (20 chutes) sem encontrar o caminho do gol.

Com isso, o Flamengo avança à final com a vantagem de ter vencido o primeiro jogo e de agora responder apenas pela etapa decisiva. A busca agora é pelo título inédito — ou, ao menos, pela conquista que reforce seu domínio continental recente. A final está marcada para o dia 29 de novembro, no estádio Monumental, em Lima.

Para o Racing, fica o esforço louvável, mas o revés no confronto decisivo evidencia a dificuldade de reverter desvantagens em mata‑mata continental. Ressalta‑se também que o ambiente adverso – pressão da torcida, desgaste e necessidade de marcar – impôs um condicionamento ainda maior sobre a equipe argentina.

Em resumo, o Flamengo ofereceu uma demonstração de jogo inteligente: administrou vantagem, suportou o momento de adversidade e selou sua passagem à final. Ainda que se critique que não tenha sido ofensivo ou buscado mais, no futebol de alto nível, às vezes prevalece a estratégia de segurança e eficiência. Agora, o Rubro‑Negro se prepara para o desafio final — e a torcida já sonha com a conquista continental.

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