Bolsonaro minimiza risco de prisão e diz ter “consciência tranquila”
Mesmo indiciado por tentativa de golpe, ex-presidente afirma que não teme condenação e evita comentar delações no inquérito.
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que está com a “consciência tranquila” diante da possibilidade de ser preso. A declaração vem à tona no momento em que ele figura entre os indiciados da Operação Contragolpe, que apura tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.

A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024, identificou uma suposta articulação envolvendo militares e aliados de Bolsonaro para subverter o processo democrático. O inquérito aponta que o ex-presidente teria autorizado pessoalmente ações como o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”.
Apesar das acusações, Bolsonaro se mostra confiante. “Estou com a consciência tranquila. Não há motivo para condenação”, declarou o ex-presidente ao ser abordado sobre o assunto.
A defesa de Bolsonaro optou por não comentar os detalhes do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que colaborou com a investigação. Segundo o Ministério Público, Cid entregou provas que comprometem diretamente o ex-presidente, incluindo mensagens e gravações que indicam seu envolvimento na tentativa de golpe.
O STF ainda avalia se aceitará o pedido de prisão preventiva feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que reforçou a denúncia contra Bolsonaro em fevereiro de 2025. A decisão dependerá da análise dos ministros nos próximos meses.
A Operação Contragolpe continua em andamento e novos desdobramentos são esperados. O caso permanece como um dos principais focos da política nacional, com potencial para impactar diretamente o futuro do ex-presidente.