Furacão Melissa atinge categoria 4 e ameaça devastar a Jamaica
O furacão Melissa alcançou a categoria 4 na escala Saffir‑Simpson e segue em direção à Jamaica, onde deve tocar o solo nas próximas horas, trazendo consigo ventos de até 230 km/h e chuvas intensas. A tempestade, que se intensificou rapidamente no Caribe, é considerada potencialmente catastrófica pelas autoridades meteorológicas.

Segundo o National Hurricane Center (NHC), Melissa apresenta ventos sustentados de 225 km/h e caminha lentamente, o que pode prolongar o tempo de exposição da ilha aos seus efeitos devastadores. Espera-se que algumas regiões da Jamaica e da ilha Hispaniola registrem volumes de chuva superiores a 760 mm, com picos que podem ultrapassar 1.000 mm — índice suficiente para provocar enchentes generalizadas e deslizamentos de terra.
Em Kingston, capital jamaicana, o governo ordenou o fechamento dos aeroportos e a ativação de centenas de abrigos de emergência. O primeiro-ministro Andrew Holness fez um pronunciamento nacional pedindo que os moradores levem a ameaça “muito a sério” e evacuem imediatamente as áreas de risco. “Estamos lidando com um furacão de força incomum e consequências imprevisíveis. Cada hora é crucial”, alertou.
Meteorologistas afirmam que Melissa pode se tornar um dos furacões mais destrutivos a atingir diretamente a Jamaica em décadas. Além da força dos ventos, o principal temor está no acúmulo de chuva e na possibilidade de desastres secundários, como colapso de infraestrutura, quedas de energia em larga escala e isolamento de comunidades inteiras.
A previsão é que o furacão atinja a ilha entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira, antes de seguir para o leste de Cuba e Bahamas. Equipes de emergência já estão posicionadas em pontos estratégicos, mas há receio de que a lentidão do deslocamento agrave os impactos.
A população foi orientada a reforçar os lares, garantir estoques de água e alimentos, e seguir rigorosamente as ordens das autoridades. A expectativa é de que o sistema permaneça ativo sobre a região por pelo menos dois dias, com potencial de destruição em larga escala.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os serviços de emergência norte-americanos estão monitorando a situação e prontos para apoiar a Jamaica e demais nações afetadas, caso solicitado.







