Suspeito de matar aluna da USP é encontrado morto na Zona Sul de São Paulo

Esteliano José Madureira, de 43 anos, principal suspeito pelo assassinato da estudante da USP Bruna Oliveira da Silva, foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (23), na Avenida Morumbi, Zona Sul de São Paulo. O corpo apresentava múltiplas perfurações, ferimentos por arma branca em diferentes partes do corpo e sinais de tortura, como amarrações nas pernas.

De acordo com a Polícia Civil, as evidências sugerem que Madureira tenha sido executado por um “tribunal do crime” ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o delegado Rogério Thomaz, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a forma como o corpo foi deixado remete à atuação de facções em execuções sumárias.

Conhecido como “Mineiro” ou “Cachorrão”, Madureira vivia a cerca de 300 metros de onde o corpo de Bruna foi encontrado. Imagens de câmeras de segurança o flagraram seguindo a jovem na noite de 13 de abril, nas imediações da estação Corinthians-Itaquera, na Zona Leste. O corpo da estudante foi achado quatro dias depois, em um estacionamento da região, com marcas de violência e queimaduras.

A prisão temporária de Madureira havia sido decretada justamente na noite em que seu corpo foi localizado. Investigações preliminares indicam que ele foi retirado de sua residência e levado até Paraisópolis, na Zona Sul, onde teria sido morto.

As autoridades continuam investigando para identificar os autores da execução e esclarecer se o crime tem, de fato, relação direta com a facção criminosa. O caso também lança luz sobre a atuação paralela de grupos de justiçamento em áreas dominadas por organizações criminosas.