Haddad responde Bolsonaro e chama ato na Paulista de fracasso
Ministro da Fazenda diz que ex-presidente o atacou após baixa adesão a manifestação e defende medidas econômicas do governo Lula
Durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu licença ao presidente Lula para comentar as críticas feitas por Jair Bolsonaro nesta manhã. Haddad acusou Bolsonaro de “acordar com o fracasso da Paulista” e lançá-lo nas redes sociais.
“Deve ter acordado com o fracasso da Paulista e resolveu me atacar.”
Segundo o ministro, Bolsonaro perdeu legitimidade para criticar o governo, especialmente sobre impostos. Haddad questionou a moral do ex-presidente ao falar sobre tributos, enquanto destacou que está fechando brechas fiscais e não aumentando impostos.
O ato de Bolsonaro na Avenida Paulista, ocorrido no domingo, foi classificado por Haddad como “fracasso”. De acordo com o Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, cerca de 12,400 pessoas participaram no ponto máximo.
Haddad também ressaltou que Lula nunca pediu anistia ou proteção durante os processos da Lava Jato, em contraste com Bolsonaro, que ainda enfrenta acusações e, segundo o ministro, já pede perdão.
Em paralelo, Haddad defendeu as medidas fiscais do governo, incluindo a proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e o fechamento de “jabutis” que favorecem os mais ricos. Ele afirmou que tais ações não aumentam tributos, mas promovem justiça social e respeito aos trabalhadores.