Política

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias”, diz Lula após operação no Rio

Presidente critica atuação do crime organizado, pede ação coordenada das forças de segurança e envia ministros ao Rio após operação mais letal do estado

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestou nesta quarta-feira (29) sobre a escalada da violência no Rio de Janeiro, após a megaoperação policial que deixou ao menos 119 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Em declaração publicada nas redes sociais, Lula afirmou: “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades.”

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias”, diz Lula após operação no Rio
Lula reage à megaoperação no Rio: critica crime organizado e cobra atuação que não coloque inocentes em risco(Valter Campanato – Agência Brasil)

Lula defendeu uma atuação articulada das instituições de segurança pública, afirmando ser necessário “um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco.”

Na mesma manhã, o presidente convocou uma reunião com ministros no Palácio do Planalto e determinou o envio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, ao Rio de Janeiro. O objetivo é dialogar com o governador Cláudio Castro e avaliar as condições da operação, que se tornou a mais letal da história do estado.

Além do pronunciamento, o governo federal anunciou medidas emergenciais: criação de um escritório temporário de enfrentamento ao crime organizado, ampliação de vagas nos presídios federais para isolar lideranças de facções e reforço da atuação da Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e peritos.

A fala de Lula marca um tom mais firme do governo federal na resposta à criminalidade organizada, mas também destaca a necessidade de proteger vidas inocentes nas comunidades. A operação no Rio foi criticada por movimentos de direitos humanos, que apontaram possível abuso de força e execuções.

Para especialistas, a declaração presidencial representa um ponto de inflexão: além da repressão, é necessário garantir transparência, coordenação institucional e políticas públicas integradas para que a violência não se retroalimente.

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