Brasil

Segundo voo com brasileiros deportados pelos EUA chega a Belo Horizonte

Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania recebe 88 repatriados em Confins; maioria é jovem e viajou desacompanhada.

Na noite de ontem (8), o segundo voo com brasileiros deportados pelos Estados Unidos chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Dos 111 repatriados, 88 seguiram para Minas Gerais após uma escala técnica em Porto Rico e uma parada em Fortaleza, onde parte dos passageiros optou por desembarcar. A operação foi acompanhada por um grupo de trabalho formado por representantes dos governos brasileiro e norte-americano.

Segundo voo com brasileiros deportados pelos EUA chega a Belo Horizonte
Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania recebe 88 repatriados em Confins(Divulgação – FAB)

Recepção Humanizada

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), liderado pela ministra Macaé Evaristo, organizou a recepção dos deportados. Em Confins, uma sala de autoridades foi transformada em Posto de Acolhimento, oferecendo água, alimentação, internet, banheiros e pontos de energia. Além disso, os repatriados tiveram acesso a orientações sobre serviços públicos de saúde, assistência social, trabalho, regularização vacinal e matrícula na rede de ensino.

“Aos poucos, a gente vai conseguir fazer com que esse processo seja menos doloroso e mais humanizado. Essa é a nossa tarefa, estamos aqui para isso”, afirmou a ministra Macaé Evaristo durante a recepção.

Perfil dos brasileiros deportados

Segundo a Polícia Federal, a maioria dos repatriados é jovem: 38 têm entre 21 e 30 anos, e 33 estão na faixa dos 31 a 40 anos. O grupo inclui ainda oito crianças com até 10 anos e 11 adolescentes entre 11 e 20 anos. Apenas 17 têm entre 41 e 50 anos, e quatro têm 51 anos ou mais, sendo o mais velho do grupo com 53 anos.

Do total, 85 são homens, dos quais 71 viajaram desacompanhados, e 26 são mulheres, com 12 desacompanhadas. Cerca de 25% (28 pessoas) vieram em núcleos familiares.

Acolhimento em Fortaleza

Antes de chegar a Belo Horizonte, o voo fez uma parada em Fortaleza, onde parte dos repatriados desembarcou. Ana Maria Gomes Raietparvar, da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas, destacou a importância do acolhimento humanitário.

“As pessoas chegaram envergonhadas, mas, quando viram como seria a recepção, relaxaram bastante. Foi um atendimento muito bom, considerando que foi a primeira vez em que o Ceará recebeu repatriados”, afirmou.

Próximos Passos

O governo brasileiro segue em diálogo com os Estados Unidos para aprimorar o processo de deportação, tornando-o menos traumático e mais humanizado. A estrutura montada em Confins e Fortaleza demonstra o compromisso do MDHC em garantir o bem-estar dos repatriados e facilitar sua reintegração ao país.

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