Moraes afirma que Eduardo Bolsonaro intensificou condutas ilícitas após tornozeleira do pai
Ministro do STF determinou inclusão de postagens e entrevistas do deputado licenciado no inquérito, apontando ataques ao Supremo como nova ofensiva
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou neste sábado que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro intensificou as condutas ilícitas investigadas logo após as medidas cautelares impostas ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro — como busca e apreensão e uso de tornozeleira eletrônica. Em despacho, Moraes determinou que a Polícia Federal anexe aos autos as postagens e entrevistas realizadas por Eduardo nas redes sociais após as medidas, afirmando que o parlamentar passou a fazer “diversos ataques ao Supremo Tribunal Federal”.

O ministro listou publicações em plataformas como X e Facebook, além de entrevistas à CNN Brasil em que Eduardo chama Moraes de “ditador” e “gangster de toga”. Em uma delas, publicou imagem de Moraes com orelhas do Mickey Mouse acompanhada da mensagem: “Talvez o Moraes não sabe se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai!”.
Segundo o despacho ministerial, tais postagens representam não apenas críticas, mas “intensificação das condutas ilícitas objeto desta investigação”, o que justificou a formalização do pedido de inclusão no inquérito. Após a juntada do material, o caso será remetido à Procuradoria-Geral da República para manifestação.
A manifestação de Moraes ocorre em meio à escalada da crise jurídica, quando o ex‑presidente passou a usar tornozeleira eletrônica, teve a residência vasculhada e foi proibido de se comunicar com Eduardo. Todas medidas foram tomadas em razão das investigações sobre tentativa de golpe contra a democracia. A intensidade das ações reforça o posicionamento do STF de não tolerar pressões sobre suas decisões.







