Polícia

Vira‑lata resgatada se torna 2º cão perito da Polícia Científica de SP

Savana, resgatada e treinada por perito de São José dos Campos, agora fareja vestígios de sangue humano em crimes

Savana, uma vira‑lata resgatada em estado de desnutrição em São José dos Campos pelo perito criminal e veterinário João Henrique Machado, tornou‑se oficialmente o segundo cão perito da Polícia Científica de São Paulo, especializado em detectar sangue humano oculto em cenas de crime. Após dois anos de treinamento intensivo, a cadela demonstrou habilidade para identificar manchas biológicas mesmo quando invisíveis ao olho nu ou removidas de superfícies.

Vira‑lata resgatada se torna 2º cão perito da Polícia Científica de SP
Savana, resgatada e treinada por perito de São José dos Campos, agora fareja vestígios de sangue humano em crimes(Divulgação – Segurança Pública)

O animal foi treinado em protocolos que simulam ambientes reais de investigação — como veículos, áreas abertas e peças de roupa. Isso inclui exercícios variados, tanto em locais amplos quanto nos mais inusitados, para evitar condicionamento e manter alto desempenho independentemente da situação. A técnica, considerada pioneira no Brasil, proporciona agilidade e economia: o farejamento canino garante precisão superior ao uso de reagentes químicos como o luminol, que têm eficácia limitada em áreas extensas ou bem iluminadas, além de custarem mais.

Savana foi considerada apta após competições amistosas com Mani, o primeiro cão perito do Instituto de Criminalística, também treinado por Machado, que descobriu manchas antigas, inclusive em veículos e roupas com mais de seis meses a um ano após os crimes. “Para eles, o trabalho é uma grande brincadeira. Os dois se divertem e competem para ver quem acha o vestígio primeiro”, disse o perito.

Além do faro impressionante, Savana demonstrou excelente sociabilidade, disciplina e energia — características fundamentais para cães peritos, conforme critério da Polícia Científica. O objetivo agora é ampliar a metodologia: o projeto de mestrado de Machado na Unifesp visa estruturar um protocolo que possa ser aplicado em outros núcleos, permitindo que cada unidade do Estado tenha seu próprio cão especializado.

Este projeto representa um salto na investigação criminal em São Paulo, combinando tecnologia canina com ciência forense para fortalecer a análise de cenas, reduzir custos e garantir maior eficiência no trabalho pericial.

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