Sequestrador de Washington Olivetto foi extraditado hoje
Por Andreia Verdélio

- Desemprego recua para 6,2% e atinge menor nível para o trimestre desde 2012, diz IBGENúmero de desocupados caiu para 6,7 milhões; país registra aumento da formalização e recorde de massa salarial
- Saúde amplia em 30% verba para teste do pezinho no SUSPrograma Nacional de Triagem Neonatal passa de R$ 100 mi para R$ 130 mi; logística pelos Correios deve acelerar diagnóstico
- Deputado usa R$ 2,2 milhões de emenda para recapear ruas de condomínio onde mora em Barueri (SP)Recursos federais são destinados para recape de ruas em Alphaville, gerando questionamentos sobre conflitos de interesse
- Dólar recua a R$ 5,49 após derrubada do aumento do IOF e recuo da inflaçãoMoeda norte-americana cai 1,02% com alívio da prévia inflacionária e decisão do Congresso; Bolsa sobe cerca de 1%
- Pai e madrasta são presos suspeitos de tortura contra bebê de 1 ano e 6 meses em SPMédica aciona polícia após notar ferimentos suspeitos na criança; casal será apresentado à Justiça em audiência de custódia
O chileno Maurício Hernández Norambuena foi extraditado hoje (20) ao seu país após 16 anos preso no Brasil por participar do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001. A informação foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro, em publicação na sua conta pessoal no Twitter.
“É nossa política cooperar com outros países e não dar abrigo a criminosos ou terroristas. Vencidos problemas burocráticos entre Brasil e Chile, hoje estamos extraditando Norambuena, sequestrador do publicitário Washington Olivetto em 2001”, escreveu.
Também pelo Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que Norambuena foi entregue nesta madrugada às autoridades chilenas. “Mais um criminoso que se foi. Extraditado com autorização do STF [Supremo Tribunal Federal], foi entregue nessa madrugada ao Chile para cumprir as penas, comutada a perpétua para 30 anos, as quais foi condenado naquele país. Brasil não é refúgio para criminosos”.
Na última quinta-feira (15), Norambuena foi transferido da Penitenciária de Avaré, no interior paulista, para a Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde aguardava os trâmites. A extradição foi possível após o governo chileno se comprometer formalmente a não submeter Norambuena à prisão perpétua, respeitando uma decisão do STF de 2004.
Na época, a Corte autorizou a extradição do sequestrador com algumas ressalvas a serem cumpridas pelo governo do país vizinho. Entre elas, o compromisso chileno de substituir as duas penas de prisão perpétua às quais Norambuena foi condenado em seu país por, no máximo, 30 anos de reclusão. Os ministros determinaram a substituição da pena porque a Constituição Brasileira não permite prisão perpétua para o crime de sequestro.
No Chile, Norambuena foi condenado à prisão perpétua por ter participado do assassinato do senador Jaime Guzmán, em abril de 1991, e do sequestro de Cristián Del Rio, filho do dono do jornal El Mercúrio, em setembro de 1991. No julgamento, foi condenado pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e extorsão mediante sequestro.
No Brasil, Norambuena foi condenado pela Justiça de São Paulo a 30 anos de prisão por participação no sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001. Olivetto passou 53 dias em um cativeiro.
*Colaborou Alex Rodrigues