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Governo amplia isenção na conta de luz para famílias de baixa renda

Medida Provisória assinada por Lula prevê gratuidade para consumo de até 80 kWh e descontos para até 60 milhões de brasileiros

Governo amplia isenção na conta de luz para famílias de baixa renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (21), uma Medida Provisória (MP) que reformula a Tarifa Social de Energia Elétrica, ampliando a isenção e os descontos na conta de luz para famílias de baixa renda. A medida beneficia cerca de 60 milhões de brasileiros e entra em vigor imediatamente, com efeitos práticos previstos para 45 dias após a publicação, prazo necessário para adaptação das distribuidoras de energia.

Governo amplia isenção na conta de luz para famílias de baixa renda
Medida Provisória assinada por Lula prevê gratuidade para consumo de até 80 kWh e descontos para até 60 milhões de brasileiros.(Reprodução-Agência Brasil)

Quem tem direito à isenção total?

A gratuidade na conta de luz será concedida a famílias que atendam aos seguintes critérios:

  • Estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
  • Ter renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 759,00);
  • Consumo mensal de energia elétrica de até 80 kWh.

Além disso, a isenção também se aplica a:

  • Pessoas com deficiência ou idosos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • Famílias indígenas ou quilombolas cadastradas no CadÚnico;
  • Famílias atendidas por sistemas isolados de energia, como módulos de geração off-grid.

Caso o consumo mensal ultrapasse os 80 kWh, a gratuidade será aplicada até esse limite, e o excedente será cobrado normalmente.

Descontos para outras faixas de renda

A MP também prevê descontos para famílias com renda per capita entre meio e um salário mínimo (de R$ 759,01 até R$ 1.518,00) que consomem até 120 kWh por mês. Essas famílias serão isentas do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo que representa cerca de 12% da fatura de energia.

Impacto e financiamento da medida

O governo estima que a medida terá um custo anual de R$ 3,6 bilhões. Para financiar a ampliação da Tarifa Social, está prevista a revisão de subsídios setoriais, como os concedidos a consumidores de energia solar e eólica. A expectativa é que essa reestruturação promova uma distribuição mais justa dos encargos do setor elétrico, beneficiando principalmente a classe média e os consumidores de baixa renda.

Próximos passos

Por se tratar de uma Medida Provisória, o texto já está em vigor, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar lei definitiva. Caso não seja votada nesse prazo, a MP perderá sua validade.

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