Complicações da malária: entenda os riscos da doença que afetou Sebastião Salgado
Malária pode evoluir para quadros graves, como malária cerebral, insuficiência renal e edema pulmonar; conheça os principais perigos
Complicações da malária: entenda os riscos da doença que afetou Sebastião Salgado
A malária, doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Anopheles infectado pelo parasita Plasmodium, é conhecida por seus sintomas iniciais como febre alta, calafrios, sudorese e dores de cabeça. No entanto, se não tratada adequadamente, pode evoluir para formas graves, com complicações potencialmente fatais.

Entre as principais complicações da malária destacam-se:
- Malária cerebral: Complicação neurológica grave causada pelo Plasmodium falciparum, caracterizada por comprometimento da consciência, convulsões e outras anormalidades neurológicas. Pode levar a coma e morte se não tratada rapidamente.
- Insuficiência renal aguda: A destruição massiva de glóbulos vermelhos pode sobrecarregar os rins, levando à insuficiência renal, que pode necessitar de diálise.
- Edema pulmonar: Acúmulo de líquido nos pulmões, resultando em dificuldade respiratória grave. Pode evoluir para síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), com alta taxa de mortalidade.
- Anemia severa: A destruição dos glóbulos vermelhos pelo parasita leva à redução significativa da capacidade de transporte de oxigênio no sangue, causando fraqueza extrema e outros sintomas.
- Hipoglicemia: Queda perigosa nos níveis de glicose no sangue, que pode causar confusão mental, convulsões e até coma.
- Icterícia: A destruição dos glóbulos vermelhos e o comprometimento hepático podem causar acúmulo de bilirrubina, resultando em coloração amarelada da pele e dos olhos.
- Febre hemoglobinúrica: Conhecida como “febre da urina preta”, ocorre quando a hemoglobina liberada pela destruição dos glóbulos vermelhos é excretada na urina, conferindo-lhe coloração escura. Está associada à insuficiência renal aguda.
A malária falciparum, responsável pela maioria das complicações graves, é mais comum em regiões da África Subsaariana e do Sudeste Asiático. No Brasil, a malária vivax é predominante, especialmente na região amazônica, e tende a apresentar um curso clínico menos severo.
O tratamento precoce com medicamentos antimaláricos é essencial para evitar a progressão da doença para formas graves. Além disso, medidas preventivas, como o uso de mosquiteiros, repelentes e controle de criadouros de mosquitos, são fundamentais para reduzir o risco de infecção.