Raios UV causam 83% dos casos de melanoma no mundo, alerta OMS
Estudo da agência internacional da OMS aponta que exposição solar e bronzeamento artificial são responsáveis pela maioria dos diagnósticos de melanoma em 2022
Raios UV causam 83% dos casos de melanoma no mundo, alerta OMS
Uma nova pesquisa da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que 83% dos casos de melanoma cutâneo registrados globalmente em 2022 foram causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV), proveniente do sol ou de câmaras de bronzeamento artificial. O estudo, publicado na revista International Journal of Cancer, analisou cerca de 332 mil diagnósticos da doença, dos quais aproximadamente 267 mil tiveram relação direta com a exposição aos raios UV.

O melanoma cutâneo é considerado o tipo mais agressivo de câncer de pele, responsável por 58.700 mortes no mundo em 2022. A pesquisa também apontou que a proporção de casos relacionados à radiação UV foi maior entre os homens (86%) do que entre as mulheres (79%).
Regiões mais afetadas
A incidência de melanoma atribuível à radiação UV varia significativamente entre as regiões do mundo. Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e países do norte da Europa apresentaram as maiores taxas, com mais de 95% dos casos relacionados à exposição solar . Essas regiões combinam altos níveis de radiação UV com populações majoritariamente de pele clara, o que aumenta o risco de desenvolvimento da doença.
Prevenção é fundamental
Apesar do aumento nos casos, o melanoma é amplamente evitável. Especialistas recomendam medidas simples, como evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, utilizar protetor solar com fator de proteção adequado, usar roupas que cubram a pele e evitar o uso de câmaras de bronzeamento artificial. A detecção precoce também é crucial para o sucesso do tratamento.