Brasil

Vidraças de prédios urbanos se tornam armadilhas letais para aves, revela pesquisa

Pesquisa aponta que colisões com fachadas de vidro são uma das principais causas de morte de aves em áreas urbanas

Prédios com vidraças nas cidades ameaçam aves, aponta pesquisa

Uma pesquisa recente trouxe à tona uma preocupação crescente entre ambientalistas e urbanistas: a ameaça que as fachadas de vidro dos prédios representam para as aves nas cidades. De acordo com o estudo, milhares de aves morrem todos os anos ao colidirem com superfícies envidraçadas, principalmente em áreas urbanas densamente povoadas.

Estudo aponta que fachadas envidraçadas em áreas urbanas são responsáveis por milhares de mortes de aves todos os anos no Brasil(Rovena Rosa-Agência Brasil)

A pesquisa, conduzida por especialistas em ecologia urbana, analisou dados de diversas cidades brasileiras e concluiu que a transparência e o reflexo das vidraças confundem as aves. Muitas delas não conseguem distinguir o vidro de uma continuação do céu ou da vegetação, o que resulta em impactos fatais.

Impacto na biodiversidade urbana

Além da perda direta de vidas, a mortalidade de aves por colisão tem impacto significativo na biodiversidade das cidades. Espécies migratórias, que já enfrentam inúmeros desafios durante suas jornadas, estão entre as mais afetadas.

“Esse tipo de ameaça é silenciosa, mas tem efeito cumulativo na população de diversas espécies”, alerta a bióloga Mariana Lopes, uma das autoras do estudo.

Soluções e medidas preventivas

Entre as soluções apontadas pelos especialistas estão o uso de películas especiais nos vidros, aplicação de adesivos com padrões visíveis às aves e o planejamento de construções levando em conta a fauna local.

Algumas cidades no exterior já adotaram legislações específicas para reduzir os riscos de colisão, como o uso obrigatório de materiais com maior visibilidade para os animais.

Conscientização é fundamental

Os pesquisadores também destacam a importância da conscientização pública e da integração entre arquitetos, engenheiros, biólogos e gestores públicos. “É possível conciliar arquitetura moderna com a proteção da fauna”, ressalta Mariana.

A expectativa é que, com a divulgação de estudos como este, novas políticas públicas e iniciativas de responsabilidade ambiental sejam implementadas para reduzir o impacto das construções urbanas na vida silvestre.

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