FAB intercepta duas aeronaves e um helicóptero em área restrita durante Cúpula dos Brics
Caças A‑29 Super Tucano entraram em ação após sobrevoos não autorizados no Rio de Janeiro; operação usou radar E‑99 e reforço de segurança aérea
Durante a Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, realizada de 4 a 7 de julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou duas aeronaves e um helicóptero que invadiram áreas restritas do espaço aéreo, ativadas por decreto específico no contexto do evento. A intervenção ocorreu no sábado (5) e contou com caças A‑29 Super Tucano, aeronave radar E‑99 e coordenação do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA).

Segundo a FAB, os dois aviões foram abordados para verificação de dados de voo e autorizações — receberam orientação para mudar a rota e seguiram acompanhados pelos Super Tucano até deixarem a área restrita. Já o helicóptero, classificado como voo irregular, alterou a trajetória ao avistar os caças e fez pouso em local isolado, sem causar incidentes.
A operação envolveu também um E‑99, aeronave equipada com tecnologia de vigilância eletrônica, que permaneceu em patrulha permanente, garantindo o monitoramento do espaço aéreo no entorno do evento.
O decreto nº 12.542, de 1º de julho de 2025, delimitou zonas restritas para garantir a segurança de autoridades que participam da cúpula. O sistema de defesa integrado, coordenado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), incluiu uso de caças F‑5M, Super Tucano, E‑99 e aeronaves KC‑390 para reabastecimento, além de helicópteros H‑60L Black Hawk em prontidão.
Também foi ativada a Sala Master de Comando e Controle no CGNA desde 3 de julho para autorizar, suspender ou redirecionar voos conforme necessidades operacionais. Aeronaves não autorizadas poderiam ser classificadas como suspeitas ou hostis, elevando o nível de resposta.
A interceptação, considerada inédita em contexto urbano no país, demonstra a capacidade da FAB e o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA) de responder rapidamente a incursões aéreas durante eventos de alta segurança, protegendo a soberania e integridade do espaço aéreo nacional.