Morre Baccarelli, maestro que levou música a Heliópolis
Por Ludmilla Souza

Morreu na manhã desta sexta-feira (21) o maestro Silvio Baccarelli, responsável pela idealização de projetos de formação musical e inclusão social que fazem parte do Instituto Baccarelli. Ele estava com 88 anos.
O velório terá início às 18h desta sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), e o corpo será cremado no Crematório da Vila Alpina, na manhã do sábado (22).
- Rendimento médio dos brasileiros atinge recorde de R$ 3.270 no 4º trimestre de 2024
- Homens armados roubam farmácia na Vila da Saúde, zona sul de São Paulo
- Futuro da tecnologia: O que esperar agora?
- STF mantém, por unanimidade, condenação de mulher que escreveu “perdeu, mané” em estátua da Justiça
- Moraes determina que Meta envie dados de perfis atribuídos a Mauro Cid em caso sobre delação
Silvio Baccarelli nasceu em 1931 e iniciou sua trajetória na música aos 12 anos, ingressando no Seminário em São Sebastião do Paraíso (MG). Aos 15 anos, assumiu a regência do coro da cidade, enquanto estudava para se tornar padre e especialista em música sacra. Em 1960, abandonou o sacerdócio e fundou o Coral Baccarelli. Em 1994, o grupo recebeu prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte.
O Instituto Baccarelli, uma associação civil sem fins lucrativos (ONG), surgiu após o maestro se sensibilizar com o incêndio ocorrido na favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Acompanhando as notícias, Baccarelli resolveu criar um projeto que pudesse ajudar as crianças da comunidade.
Em uma pequena sala na Vila Mariana, ele começou a oferecer aulas de instrumentos. Em 2005, o projeto passou a ocupar uma antiga fábrica de sucos em Heliópolis e, em 2009, ganhou sede própria na Estrada da Lágrimas.
O instituto trabalha atualmente com 1.200 crianças e jovens da comunidade e mantém grupos como a Sinfônica Heliópolis e o Coral da Gente, que se apresentam no Brasil e já realizaram turnês internacionais.