PM deteve 32 pessoas antes e depois de atos em SP
O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, informou hoje (8) que 32 pessoas foram detidas ontem (7) durante os atos pró e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, realizados na capital paulista.
(PM/Reprodução) Manifestantes reunidos no Largo da Batata (GloboNews/Reprodução) Largo da Batata (Guilherme Gandolfi/Fotos Públicas) Ato de apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista (CNN Brasil/Reprodução)
Do total de detenções, 17 ocorreram antes do início das manifestações, tanto de manifestantes que se dirigiam para os atos favoráveis quanto aos atos contrários ao governo de Bolsonaro. “Depois disso, o movimento pacífico [no Largo da Batata] tinha determinação judicial para não se deslocar. Mas tentaram se deslocar. A PM conversou para que eles não fizessem isso. Fizeram a negociação e combinaram com os manifestantes para que eles fossem até a Rua Fradique Coutinho, fizessem um ato e se dispersassem. A grande maioria fez o ato e foi embora. A partir daí, um grupo de vândalos tentou subir para a Avenida Paulista para provocar atos de vandalismo. Eles tentaram em vários pontos danificar o patrimônio. A PM fez a força de dissuasão. Mesmo assim, eles enfrentaram a polícia, danificaram o patrimônio e começaram a jogar caçambas nas ruas. A PM usou a força necessária para parar a manifestação. Nesse momento, mais 15 pessoas foram detidas”, explicou Camilo.
Foram dois atos. Um ocorreu na Avenida Paulista e reuniu cerca de 300 manifestantes favoráveis ao presidente. O segundo ocorreu no Largo da Batata e reuniu cerca de três mil manifestantes, que protestavam contra o presidente e contra o racismo. Os dados de público foram informados pelo coronel Camilo. Cerca de quatro mil policiais, segundo ele, foram escalados para fazer a segurança dos dois atos.
Ao longo da última semana, em diferentes ocasiões, o presidente pediu a seus apoiadores que não saíssem às ruas no domingo para evitar confrontos com grupos contrários.
João Doria
O governador de São Paulo, João Doria, disse que as duas manifestações de ontem (7) ocorreram de forma democrática e em paz. “Apenas no Largo da Batata, após o término da manifestação, e sem a anuência dos que organizaram a manifestação, cerca de 60 baderneiros foram percorrer duas ruas de Pinheiros com a intenção deliberada de vandalizar propriedades privadas e públicas. E a PM agiu de forma correta para evitar danos ao patrimônio e a ação de vândalos”, disse o governador.
Doria disse que as imagens da manifestação que estão sendo distribuídas pelas redes sociais, e que mostram um policial chutando manifestantes, estão sendo analisadas pela Corregedoria da Polícia. “A orientação dada pelo governador é de que, se houve erro, os que erraram devem ser punidos. São Paulo não tem compromisso com o erro e não endossa qualquer atitude de sua polícia, seja a Civil ou a Militar”, disse.
“Mas também não aceitamos vandalismo. Manifestantes merecem respeito, sejam pró ou contra Bolsonaro. Porém, vândalos de um lado ou de outro não serão permitidos. A força e determinação da lei será aplicada para impedir qualquer ato de violência seja contra pessoas ou contra o patrimônio”, acrescentou.
“Tivemos prisões de manifestantes ou de vândalos que portavam itens como coquetel molotov, soco inglês, canivetes, facas e barras de ferro, que foram retidas antes das manifestações”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil