Protesto em SP: moradores se opõem à derrubada de 6 mil árvores no Butantan para obra em fábrica de vacinas

Moradores protestam contra corte de 6,6 mil árvores no Instituto Butantan para expansão de fábrica de vacinas

Manifestantes alertam para impactos ambientais da derrubada de Mata Atlântica na zona oeste de São Paulo; Instituto promete compensação com plantio de mudas nativas

Moradores da zona oeste de São Paulo realizaram um protesto na manhã deste sábado (24) contra a derrubada de 6.629 árvores no Instituto Butantan, prevista no plano de expansão da fábrica de vacinas da instituição. A manifestação ocorreu nas proximidades da Avenida Vital Brasil e contou com a participação de entidades ambientalistas e representantes do movimento SOS Butantan.

Segundo os organizadores, a área afetada é remanescente de Mata Atlântica e abriga espécies nativas e ameaçadas. Os manifestantes temem que a supressão da vegetação comprometa a biodiversidade local, aumente a temperatura e reduza a qualidade do ar na região. Eles também questionam a necessidade de realizar a expansão no terreno atual do Instituto, sugerindo que a ampliação ocorra em áreas alternativas, como a fazenda do Butantan no interior do estado.

O projeto de expansão do Instituto Butantan, aprovado em 2021, prevê a construção de um novo complexo fabril para aumentar a produção de vacinas. A instituição afirma que cerca de 60% das árvores a serem removidas são de espécies invasoras e que a compensação ambiental incluirá o plantio de 9.260 mudas de espécies nativas no próprio terreno .

O Ministério Público de São Paulo acompanha o caso, e uma reunião entre representantes do movimento SOS Butantan e a direção do Instituto está agendada para o início de junho. Enquanto isso, os moradores prometem manter a mobilização para preservar a área verde e buscar alternativas sustentáveis para a expansão da produção de vacinas.