SP registra novos ataques a ônibus; número de coletivos vandalizados passa de 600
Incidentes ocorreram nesta terça (13) nas zonas sul e oeste da capital; polícia investiga motivação e reforça segurança no transporte público
Pelo menos quatro ônibus foram vandalizados na tarde e noite desta terça-feira (13) nas zonas sul e oeste de São Paulo, conforme informações da SPTrans. Os ataques ocorreram em vias como Avenida Cupecê (Jabaquara), Capão Redondo e Rio Pequeno, e felizmente não deixaram vítimas.

Desde o início da onda de violência em 12 de junho, mais de 600 coletivos já foram atingidos na Grande São Paulo. Só na capital, são cerca de 346 ônibus e vans do Atende+ danificados. Os dados da SPTrans apontam 338 ônibus municipais afetados entre junho e julho, enquanto a Artesp contabiliza 579 ocorrências envolvendo veículos intermunicipais.
Um relatório do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) registrou 191 boletins de ocorrência entre 21 de maio e 5 de julho. A região sul concentra aproximadamente 85 ataques, seguida pela oeste com 65, leste com 19 e centro com 16 casos.
Autoridades estimam que 70% dos ataques ocorrem entre quinta-feira e sábado, e investiga-se se as ações são coordenadas via internet, parte de desafios online ou disputas entre empresas de ônibus. Por outro lado, suspeitas envolvendo facções criminosas seguem sob apuração.
Até agora, sete pessoas foram presas — incluindo um adolescente em Cotia e indivíduos detidos em Pirituba, Santo Amaro e Guaianases. Um dos ataques, na Avenida Washington Luís, resultou em ferimentos graves na passageira atingida por estilhaços.
Em resposta, foi instaurada a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, mobilizando cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado — com atuação conjunta da Polícia Militar, Civil e inteligência do Deic até o fim de julho. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que “a população não precisa ter medo” — embora continue o monitoramento intensivo e o reforço da segurança nas áreas afetadas.







