Dólar fecha a R$ 5,71 após Trump acusar China de violar acordo comercial
Tensões entre EUA e China elevam aversão ao risco e pressionam moedas emergentes; Ibovespa recua 1,09% no dia
O dólar comercial encerrou a sexta-feira (30) cotado a R$ 5,719, com alta de 0,91%, atingindo o maior valor desde 7 de maio. A valorização da moeda norte-americana foi impulsionada por novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após o presidente Donald Trump acusar Pequim de violar um acordo para redução de tarifas e ameaçar retaliações.

Em sua rede social, Trump afirmou que a China “violou completamente” o acordo firmado em meados de maio para congelamento de tarifas por 90 dias. Além disso, anunciou o aumento das tarifas sobre aço e alumínio para 50%, intensificando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A instabilidade global afetou moedas de países emergentes, incluindo o real. Fatores domésticos também contribuíram para a pressão cambial, como a formação da taxa Ptax no último dia útil de maio e preocupações fiscais relacionadas ao aumento do IOF decretado pelo governo brasileiro.
No mercado de ações, o Ibovespa recuou 1,09%, fechando aos 137.027 pontos. Apesar da queda no dia, o índice acumulou alta de 1,45% em maio. A divulgação de que o PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre gerou expectativas de manutenção dos juros elevados pelo Banco Central, o que também influenciou negativamente o desempenho da bolsa.