Economia

Haddad diz que plano do governo socorrerá setores afetados pelo “tarifaço” dos EUA

Ministro da Fazenda revela contingência a ser aprovada ainda nesta semana por Lula após taxação de 50% anunciada por Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta‑feira (23) que a equipe técnica dos ministérios da Fazenda, Indústria, Comércio, Relações Exteriores e Casa Civil concluiu o desenho de um plano de contingência para socorrer os setores da economia brasileiros impactados pela imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos, marcada para entrar em vigor em 1º de agosto. O pacote de ações será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana, após a validação final pelos ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Rui Costa (Casa Civil).

Haddad diz que plano do governo socorrerá setores afetados pelo “tarifaço” dos EUA
Ministro da Fazenda revela contingência a ser aprovada ainda nesta semana por Lula após taxação de 50% anunciada por Trump(Lula Marques-Agência Brasil)

Embora o governo mantenha como prioridade a negociação diplomática com os EUA, Haddad reconheceu que a Casa Branca vem restringindo o diálogo a instâncias técnicas, dificultando o avanço nas tratativas. Ele citou exemplos de negociações bem‑sucedidas entre os EUA e países como Vietnã, Japão, Indonésia e Filipinas, afirmando que “podemos chegar à data de 1º de agosto com algum aceno”.

O segundo‑instrumento do pacote, segundo reportagem da Exame, pode incluir linhas de crédito e outros mecanismos de apoio ao setor produtivo, sem detalhar os valores ou setores atendidos. Já o secretário‑executivo da Fazenda, Dario Durigan, reforçou que o auxílio será pontual, focado nos setores mais prejudicados, e desenhado para ter “menor impacto fiscal possível”, em conformidade com o cumprimento da meta de resultado primário este ano.

O plano emergencial será ajustado conforme o perfil de cada setor. Um dos exemplos citados foi o setor de pescados, que já solicita até R$ 900 milhões em linhas de crédito emergenciais, devido ao peso das exportações afetadas. Apesar de reconhecer o esforço dos governos estaduais — citou uma linha de crédito de R$ 200 milhões anunciada por São Paulo —, Haddad ponderou que essas medidas locais são insuficientes diante dos mais de US$ 40 bilhões em exportações brasileiras para os EUA e devem ser complementadas pelo apoio federal.

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