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Diogo Jota evitou avião após cirurgia pulmonar e viajou de carro antes do acidente fatal

Após cirurgia no pulmão, jogadores foram orientados a evitar voos por riscos de pneumotórax e trombose; tragédia ocorreu durante longa viagem à Espanha.

Após uma recente cirurgia pulmonar, Diogo Jota, atacante do Liverpool, recebeu orientação médica expressa para evitar viagens de avião. O principal motivo estava relacionado aos riscos que o voar envolve para quem passou por procedimento torácico: a pressão atmosférica reduzida na cabine pode expandir qualquer ar residual na cavidade pleural, provocando complicações graves como pneumotórax – uma emergência em que o pulmão pode colapsar – e até insuficiência respiratória. Além disso, o tempo prolongado sentado, típico de voos, favorece a formação de trombose venosa profunda, que por sua vez pode levar à embolia pulmonar, colocando o paciente em risco significativo.

Diogo Jota evitou avião após cirurgia pulmonar e viajou de carro antes do acidente fatal
Após cirurgia no pulmão, jogadores foram orientados a evitar voos por riscos de pneumotórax e trombose; tragédia ocorreu durante longa viagem à Espanha(Reprodução-Instagram)

Especialistas recomendam que, após cirurgias menores, espere-se de sete a quinze dias antes de viajar de avião; já procedimentos pulmonares exigem um intervalo mais longo, em torno de quatro a seis semanas, por conta dos riscos adicionais. No caso de Jota, a alternativa foi percorrer de carro grande parte do trajeto da Espanha até Santander, onde embarcaria de barco para o Reino Unido. O trajeto, embora atenda aos aspectos de segurança por permitir paradas e acompanhamento médico, traz seus próprios perigos — longos períodos sentados também demandam pausas regulares e cuidados para evitar complicações circulatórias.

Infelizmente, durante essa viagem por terra, um trágico acidente na rodovia A‑52, em Zamora, resultou na morte de Diogo Jota e de seu irmão, André Silva, antes que chegassem ao embarque seguro. A recomendação médica de não voar, embora tecnicamente correta para priorizar sua recuperação, acabou impondo uma jornada longa e arriscada — e esse deslocamento terrestre foi fatídico.

Essa situação ressalta a importância de seguir estritamente as orientações médicas após procedimentos cirúrgicos delicados. A escolha por evitar o avião evitou riscos imediatos ao pulmão, mas a decisão de viajar por estrada trouxe outras vulnerabilidades. É um lembrete doloroso para pacientes e profissionais da saúde: recomendações médicas existem para proteger, mas cada alternativa carrega desafios próprios — e conhecer todos eles é fundamental para decisões mais seguras.

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