Corpo de Juliana Marins passará por autópsia no Brasil após solicitação da família
AGU acata pedido judicial e novo exame será feito breve após chegada do corpo ao Rio
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta segunda-feira (30) que o corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, passará por uma nova autópsia no Brasil. A decisão atende a um pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e pela família da jovem, que morreu após uma queda em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A previsão é que o corpo chegue ao Brasil na próxima quarta-feira (2), com desembarque no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 15h50. O novo exame será realizado no Instituto Médico-Legal (IML) poucas horas depois da chegada, com autorização formal já concedida pelos órgãos responsáveis.
Juliana estava desaparecida desde 22 de junho e foi encontrada sem vida quatro dias depois, em uma região de difícil acesso. A autópsia realizada pelas autoridades indonésias apontou que a causa da morte foi traumatismo provocado pela queda, resultando em múltiplas fraturas e hemorragia interna. No entanto, a família questiona o tempo em que Juliana permaneceu viva após o acidente e suspeita que possa ter havido falhas no socorro por parte das autoridades locais.
O novo exame, solicitado por meio da DPU, tem como objetivo verificar se Juliana resistiu ao impacto e permaneceu viva por mais tempo do que o indicado no laudo original. Além disso, busca esclarecer se houve omissão de socorro. A AGU afirmou que acatou o pedido por razões humanitárias, reconhecendo a complexidade do caso e o direito da família de obter respostas mais precisas. A irmã da jovem, Mariana Marins, agradeceu o apoio público e das instituições envolvidas e afirmou nas redes sociais que o novo exame é essencial para que a família alcance alguma paz.
A expectativa é que os resultados preliminares da nova autópsia fiquem prontos em até duas semanas. A depender das conclusões, a Justiça Federal pode analisar eventuais responsabilizações civis ou criminais contra instituições envolvidas no resgate. Juliana era natural de Niterói (RJ), formada em publicidade e apaixonada por trilhas. Seu desaparecimento e a condução do resgate comoveram o país e levantaram debates sobre segurança para brasileiros em destinos turísticos internacionais.