Justiça

Moraes mantém prisão de “Kid Preto” por participação na trama golpista

Foi mantida a prisão preventiva do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, suspeito de planejar atentados contra Lula, Moraes e Alckmin

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve nesta segunda-feira (7) a prisão preventiva do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, conhecido como “Kid Preto”. Ele é acusado de participação no núcleo 3 da Operação Contragolpe, trama que incluía o planejamento de ações táticas destinadas a sequestrar ou assassinar autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

Moraes mantém prisão de “Kid Preto” por participação na trama golpista
Foi mantida a prisão preventiva do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, suspeito de planejar atentados contra Lula, Moraes e Alckmin(Valter Campanato-Agência Brasil)

A defesa havia solicitado a substituição da prisão por medidas cautelares — como uso de tornozeleira eletrônica e monitoramento periódico — argumentando que não existia fato novo que justificasse a manutenção da restrição. No entanto, Moraes rejeitou o pedido, ao afirmar que continuam válidos os requisitos da prisão preventiva, como necessidade de resguardar a ordem pública e garantir o andamento das investigações.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o militar integra organização criminosa e seria responsável por operações diretas contra as autoridades. Entre os crimes investigados estão tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e planejamento para eliminar autoridades. Moraes fundamentou sua decisão ressaltando que não houve qualquer alteração no contexto fático desde a decretação inicial da prisão, portanto persistem os riscos que justificam a custódia.

Kid Preto foi preso em novembro de 2024 em operação da Polícia Federal que desbaratou um grupo formado por militares das Forças Especiais — conhecidos como “kids pretos” — e um policial federal, acusados de participar da trama golpista identificada como Operação Contragolpe. Investigadores apontaram que o plano previa monitoramento, sequestro e até assassinatos, com metas definidas como “Punhal Verde e Amarelo” e “Copa 22”.

Com a prisão mantida, Kid Preto seguirá em prisão preventiva enquanto o inquérito avança, cumprindo etapa crucial do combate às ações conspiratórias contra o Estado Democrático de Direito.

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