Capital

Moradores da Favela do Moinho protestam contra ação da PM e bloqueiam trilhos da CPTM

Presença policial intensifica tensão na comunidade; protesto interrompe linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM

Na tarde de sexta-feira (18), moradores da Favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo, realizaram um protesto em resposta a uma operação da Polícia Militar (PM) na comunidade. A manifestação resultou na construção de barricadas e incêndio nos trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), interrompendo temporariamente a circulação das linhas 7-Rubi e 8-Diamante entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras-Barra Funda.

Moradores da Favela do Moinho protestam contra ação da PM e bloqueiam trilhos da CPTM
Presença policial intensifica tensão na comunidade; protesto interrompe linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM(Reprodução – Redes Sociais)

Contexto da Tensão

A Favela do Moinho é a última comunidade remanescente no centro da capital paulista e abriga cerca de mil famílias. O governo estadual, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), planeja remover os moradores para dar lugar a um parque e à expansão da Estação Bom Retiro. Moradores alegam que as opções de reassentamento oferecidas são insuficientes e distantes do centro, onde muitos trabalham e têm vínculos comunitários.

Detalhes da Operação Policial

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a operação da PM resultou na prisão de um suspeito de tráfico de drogas. Moradores relataram que policiais utilizaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a ação, afetando inclusive crianças e idosos. A presença constante da polícia na área tem sido interpretada por muitos como uma forma de pressão psicológica para que as famílias deixem o local voluntariamente.

Impacto no Transporte

A CPTM informou que, devido ao protesto, houve interrupção na circulação dos trens entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras-Barra Funda, afetando as linhas 7-Rubi e 8-Diamante. O serviço foi normalizado por volta das 15h50.

Reações e Próximos Passos

O ouvidor das polícias de São Paulo, Mauro Caseri, visitou a comunidade para ouvir denúncias de abusos e mediar possíveis conflitos. Moradores planejam novas manifestações nos próximos dias para protestar contra as ações policiais e o projeto de remoção.

A situação na Favela do Moinho permanece tensa, com moradores exigindo soluções habitacionais adequadas e respeito aos seus direitos.

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