Hamas exige libertação de prisioneiros palestinos para aceitar proposta de trégua
Grupo islâmico responde aos EUA e condiciona cessar-fogo à retirada israelense de Gaza, fim da guerra e soltura de presos palestinos
O Hamas respondeu à proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, condicionando sua aceitação à libertação de prisioneiros palestinos por Israel. O grupo afirmou estar disposto a libertar dez reféns israelenses vivos e entregar os corpos de 18 reféns falecidos, desde que Israel liberte um número acordado de prisioneiros palestinos. Além disso, o Hamas exige um cessar-fogo permanente, a retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza e a garantia de fluxo contínuo de ajuda humanitária para a população palestina.

O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, considerou a resposta do Hamas “totalmente inaceitável” e afirmou que ela representa um retrocesso nas negociações. Witkoff instou o Hamas a aceitar a proposta original como base para futuras negociações, que poderiam começar imediatamente na próxima semana.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também rejeitou as condições apresentadas pelo Hamas, acusando o grupo de manter uma postura de recusa. Israel havia aceitado anteriormente a proposta dos EUA para um cessar-fogo temporário de 60 dias, que incluía a libertação de 28 reféns israelenses — vivos e mortos — durante a primeira semana do cessar-fogo, além de mais 30 reféns após o início da trégua.
A situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, com a ONU alertando que toda a população está em risco de fome extrema. A proposta de cessar-fogo visa não apenas interromper as hostilidades, mas também permitir a entrada de ajuda humanitária para os civis afetados pelo conflito.
As negociações seguem em andamento, com mediação do Catar e do Egito, na tentativa de alcançar um acordo que ponha fim ao conflito e alivie a crise humanitária na região.