Putin alerta sobre risco real de Terceira Guerra Mundial em evento internacional
Em pronunciamento considerado “perturbador”, presidente russo aponta três focos de tensão global e defende diplomacia imediata
Durante participação no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na última sexta-feira (20), o presidente Vladimir Putin expressou preocupação com a escalada geopolítica que torna cada vez mais plausível uma Terceira Guerra Mundial. Segundo ele, o cenário não é motivo de “ironia ou brincadeira”, mas sim um reflexo altamente alarmante das tensões globais.

Putin destacou três principais centros de conflito como catalisadores desse risco: a continuidade da guerra na Ucrânia, o agravamento do conflito entre Israel e Irã, e a situação instável em torno de instalações nucleares iranianas — onde especialistas russos participam da construção de reatores . Ele descreveu esse quadro como “perturbador”, enfatizando que está “bem debaixo de nossos narizes” e afeta diretamente a Rússia.
O presidente russo pediu vigilância internacional e soluções diplomáticas eficazes, prevenindo que a crise se transforme em conflito global. Acima de tudo, ressaltou que a escalada atual requer respostas pacíficas por parte de todos os atores envolvidos.
Sobre a guerra na Ucrânia, Putin reafirmou sua visão de que russos e ucranianos são “um só povo”, enquanto reconhece a soberania da Ucrânia desde 1991. No entanto, alertou que o uso de uma “bomba suja” por parte de Kiev poderia representar um “erro final” — expressão que sugere uma reação militar severa.
A respeito do Oriente Médio, Putin deixou claro que a Rússia não atua como mediadora formal entre Israel e Irã. Mesmo assim, comunicou que apresentou propostas para as duas nações e mantém contato direto com autoridades iranianas, além de participar da construção civil de reatores nucleares naquele país.
Em síntese, o líder russo fez um alerta contundente: o mundo estaria “a um passo” de um conflito global devastador, e qualquer falha diplomática pode levar a consequências irreversíveis. A mensagem inclui um chamado para urgência na ação diplomática, antes que a crise se torne irreversível.