Maduro desafia Trump, recusa ultimato e segue no comando da Venezuela
Líder venezuelano propôs condições rígidas para deixar o país e teve pedidos negados pelos EUA
Na última quinta-feira (21), segundo fontes norte-americanas relatadas pela agência Reuters, o presidente venezuelano Nicolás Maduro recebeu um ultimato via telefonema com o presidente Donald Trump: deixar o país em até uma semana, com destino à escolha dele e de sua família. A oferta incluía saída segura e livre trânsito — mas não livraria Maduro das acusações e sanções dos EUA.

De acordo com a reportagem, Maduro respondeu com uma contraproposta: aceitaria sair apenas sob condição de “anistia global”, fim imediato de todas as sanções americanas e arquivamento dos processos judiciais contra ele, inclusive no âmbito internacional. Além disso, exigiu manter algum grau de controle sobre as Forças Armadas venezuelanas e a nomeação de um vice de sua confiança para liderar uma transição política — condições consideradas inaceitáveis pelos EUA.
O prazo dado por Trump para a saída venceu em 28 de novembro — e Maduro permanece em Caracas, sem apresentar sinais de renúncia ou intenção de deixar o poder. A recusa manteve intacto o impasse que agrava ainda mais as tensões entre Washington e Caracas.
Em resposta à recusa, a administração Trump intensificou sua estratégia contra o governo venezuelano: no domingo (30), o presidente decretou o fechamento do espaço aéreo venezuelano, alertando companhias aéreas, pilotos e supostos traficantes para evitarem voar sobre o país. A medida desencadeou forte reação de Caracas, que classificou a ação como “ameaça colonialista” contra a soberania nacional.
Para Maduro, a permanência e a recusa em aceitar o ultimato representam uma reafirmação de sua lealdade ao povo venezuelano e sua soberania, de acordo com discurso durante ato público recente. Já em Washington, a recusa de Maduro e o fracasso da negociação reforçam o isolamento diplomático de Caracas e elevam o risco de novas sanções e eventual escalada militar.
Com o impasse consolidado, a comunidade internacional monitora de perto os desdobramentos: a Venezuela segue sob pressão econômica e diplomática, e o futuro do diálogo entre Maduro e os EUA permanece incerto.







