Papa Francisco morreu de AVC e insuficiência cardíaca, confirma Vaticano
Pontífice faleceu em sua residência no Vaticano na manhã desta segunda-feira (21); funeral será realizado na Basílica de Santa Maria Maior, conforme desejo expresso em testamento
O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. A causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de colapso cardiovascular irreversível, conforme informado pelo boletim médico assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano.

O falecimento ocorreu às 7h35 no horário local (2h35 no horário de Brasília). O pontífice havia enfrentado recentemente uma pneumonia bilateral que exigiu 38 dias de internação no Hospital Gemelli, em Roma. Além disso, sofria de bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2.
Últimos Momentos
No domingo de Páscoa, 20 de abril, Francisco fez sua última aparição pública, concedendo a bênção “Urbi et Orbi” da sacada da Basílica de São Pedro. Visivelmente debilitado, ele permaneceu sentado durante a cerimônia, demonstrando sinais de cansaço e dificuldade para falar.
Funeral e Últimos Desejos
Em seu testamento, datado de 29 de junho de 2022, o Papa Francisco expressou o desejo de um funeral simples e de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza. Ele solicitou que sua tumba tivesse apenas a inscrição “Franciscus”.
O corpo do pontífice será exposto na Basílica de São Pedro por três dias, permitindo que os fiéis prestem suas homenagens. O funeral está previsto para ocorrer entre sexta-feira (25) e domingo (27), conforme decisão do Colégio dos Cardeais.
Legado e Sucessão
Eleito em 2013, após a renúncia de Bento XVI, Francisco foi o primeiro papa jesuíta, latino-americano e não europeu em mais de 1.200 anos. Seu pontificado foi marcado por uma abordagem pastoral centrada nos pobres e marginalizados, além de reformas significativas na Cúria Romana.
Com sua morte, inicia-se o período de “sede vacante”, e um novo conclave será convocado para eleger seu sucessor. De acordo com as normas da Igreja, o conclave pode começar no mínimo 15 dias após o falecimento do papa, mas pode ser antecipado se todos os cardeais eleitores estiverem presentes em Roma.