Quadrilha que fazia migração de pessoas é investigada
Por Fernanda Cruz
- Desemprego recua para 6,2% e atinge menor nível para o trimestre desde 2012, diz IBGENúmero de desocupados caiu para 6,7 milhões; país registra aumento da formalização e recorde de massa salarial
- Saúde amplia em 30% verba para teste do pezinho no SUSPrograma Nacional de Triagem Neonatal passa de R$ 100 mi para R$ 130 mi; logística pelos Correios deve acelerar diagnóstico
- Deputado usa R$ 2,2 milhões de emenda para recapear ruas de condomínio onde mora em Barueri (SP)Recursos federais são destinados para recape de ruas em Alphaville, gerando questionamentos sobre conflitos de interesse
- Dólar recua a R$ 5,49 após derrubada do aumento do IOF e recuo da inflaçãoMoeda norte-americana cai 1,02% com alívio da prévia inflacionária e decisão do Congresso; Bolsa sobe cerca de 1%
- Pai e madrasta são presos suspeitos de tortura contra bebê de 1 ano e 6 meses em SPMédica aciona polícia após notar ferimentos suspeitos na criança; casal será apresentado à Justiça em audiência de custódia
A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (31) oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão na Operação Estação Brás e Bengal Tiger contra o contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro nas cidades em São Paulo, Embu das Artes (SP), Taboão da Serra (SP) e Garibaldi (RS). A PF considera esta uma das maiores operações internacionais já realizadas.
Desde maio de 2018, policiais investigam estrangeiros domiciliados em São Paulo que estariam liderando organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Os inquéritos policiais tiveram cooperação policial internacional com a agência norte-americana de imigração U.S. Immigration and Customs Enforcement.
A polícia descobriu que o grupo criminoso agia solicitando refúgio e fornecendo documentos de viagem falsos (como passaportes, vistos e cartas de tripulantes marítimos) a migrantes ilegais oriundos de países como Afeganistão, Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão.
Os migrantes desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, seguiam para Rio Branco (AC), atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam por via terrestre (ônibus, barco, carona e a pé) até a fronteira do México com os Estados Unidos.
Durante o processo, esses migrantes sofriam maus-tratos, como cárcere privado, agressões físicas e psicológicas. Oito migrantes bengaleses, inclusive, foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira do México com os Estados Unidos em junho deste ano.
Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos 10 milhões de dólares entre 2014 e 2019. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de contrabando de migrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de três a dez anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação.