São Paulo

Governo de São Paulo testa inteligência artificial para corrigir lições escolares em projeto piloto

Ferramenta baseada no modelo GPT-4o mini avalia questões dissertativas de alunos do 8º ano e 1ª série do ensino médio na plataforma TarefaSP

O governo de São Paulo iniciou um projeto piloto que utiliza inteligência artificial (IA) para corrigir lições escolares de alunos da rede estadual. A iniciativa, anunciada nesta segunda-feira (19), visa otimizar o tempo dos professores e ampliar o uso de questões dissertativas na plataforma TarefaSP.

Governo de São Paulo testa inteligência artificial para corrigir lições escolares em projeto piloto
Ferramenta baseada no modelo GPT-4o mini avalia questões dissertativas de alunos do 8º ano e 1ª série do ensino médio na plataforma TarefaSP.( Marco Ankosqui-Governo de São Paulo)

A ferramenta, baseada no modelo GPT-4o mini da OpenAI, está sendo aplicada em 5% das tarefas dos estudantes do 8º ano do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio. As disciplinas contempladas incluem Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Química, Física, Geografia e História.

Na prática, quando o aluno conclui uma questão dissertativa na TarefaSP, a IA compara a resposta com gabaritos elaborados por professores da rede. A tecnologia classifica a resposta como correta, parcialmente correta ou incorreta, e fornece comentários explicativos. Caso o estudante não compreenda o feedback, pode solicitar esclarecimentos adicionais, acionando a intervenção de um professor.

Segundo o secretário de Educação, Renato Feder, o uso da IA permite aumentar o número de questões dissertativas sem sobrecarregar os docentes. “Com o assistente de correção por IA, conseguimos ampliar o número de questões dissertativas na TarefaSP, sem onerar os professores com as correções”, afirmou.

A plataforma TarefaSP, implantada em 2023, já contabiliza cerca de 95 milhões de questões resolvidas pelos alunos neste ano letivo. A expectativa é que a IA corrija de 4 a 5 milhões de questões dissertativas por mês. O projeto piloto não atribui notas às respostas analisadas, servindo como prática complementar ao conteúdo ministrado em sala de aula.

A Secretaria de Educação planeja expandir o uso da IA para toda a rede estadual, ajustando o sistema conforme as diferentes faixas etárias e níveis de ensino. Além disso, a tecnologia foi configurada para detectar padrões suspeitos e identificar possíveis casos de plágio, garantindo a integridade do processo de aprendizagem.

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