Ventos de 111 km/h provocam estragos e suspensões de balsas no litoral de SP
Ciclone extratropical gera ventania recorde, paralisa travessias de balsas e causa quedas de árvores, destelhamentos e danos em várias cidades costeiras
Na madrugada desta segunda-feira (28), uma potente ventania, com rajadas registradas de até 111,55 km/h, atingiu o litoral paulista e deixou um rastro de destruição. Segundo a Defesa Civil de Santos, a maior rajada foi registrada às 2h36 na estação da Praticagem, em Ponta da Praia. No litoral Norte e na Baixada Santista, as prefeituras registraram quedas de árvores, destelhamentos, rompimento de estruturas metálicas e interrupção temporária das travessias de balsas.

A travessia entre Guarujá e Santos foi suspensa às 2h46 e retomada às 3h51; já a entre Vicente de Carvalho e Santos ficou paralisada das 3h04 às 4h. Em Bertioga, a travessia com Guarujá segue suspensa até que as condições se normalizem. As interrupções obedecem protocolos de segurança diante de ventos que superaram os limites operacionais das embarcações.
Os atos violentos da ventania incluem o destelhamento do quartel dos Bombeiros em Caraguatatuba, onde o telhado quase foi arrancado e viaturas foram removidas preventivamente. Além disso, houve queda de árvores, postes e danos à rede elétrica em várias cidades como Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e Cubatão. Uma estrutura de posto de gasolina desabou em Praia Grande e cidades adjacentes mobilizaram equipes de emergência para remoção de destroços e limpeza urbana.
O fenômeno atmosférico é atribuído à formação de um ciclone extratropical originado no Rio Grande do Sul, que avançou até a costa paulista. Apesar do ciclone seguir em direção ao Oceano Atlântico, continua gerando ventos intensos e ressaca marítima prevista com ondas de até 3,5 m entre Iguape (SP) e Macaé (RJ) entre os dias 29 e 31 de julho, conforme alerta da Marinha.
A Defesa Civil estadual alerta para os riscos de queda de árvores, destelhamentos, estruturas metálicas soltas e fiação elétrica danificada. Recomenda-se que moradores evitem se abrigar sob coberturas provisórias, mantenham objetos fixos ou guardados e não estacionem veículos próximos a árvores ou postes. Em caso de emergência, os telefones são 199 (Defesa Civil) e 193 (Bombeiros).







