Política

Lula diz que há “limite de briga” com Trump e evita falar tudo que pensa sobre tarifas

Presidente afirma que falará apenas o necessário na disputa com os EUA e reforça postura diplomática equilibrada

Durante o encerramento do 17.º Encontro Nacional do PT, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país possui um “limite de briga” com o governo dos Estados Unidos — em referência às tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros, que entram em vigor no próximo dia 6 de agosto. “Eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que devo falar, tenho que falar o que é possível falar, o que é necessário”, declarou o presidente em discurso à militância do partido.

Lula diz que há “limite de briga” com Trump e evita falar tudo que pensa sobre tarifas
Presidente afirma que falará apenas o necessário na disputa com os EUA e reforça postura diplomática equilibrada(Foto-Divulgação)

Lula reforçou que o Brasil busca negociar em igualdade de condições, deixando claro que, embora mantenha a disposição ao diálogo com os EUA — inclusive com Trump afirmando que Lula pode “ligar quando quiser” —, a independência nacional e a soberania institucional não serão comprometidas “não somos republiqueta”.

Mesmo anunciando firmeza na defesa dos interesses econômicos e diplomáticos do país, o presidente deixou claro que não busca conflito: “não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco, pode saber que nós não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo”.

Lula afirmou que as propostas de negociação já foram apresentadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo chanceler Mauro Vieira: “estamos trabalhando, vamos ajudar nossas empresas, defender nossos trabalhadores e dizer: quando quiser negociar, as propostas estão na mesa”.

A fala do presidente ocorre em meio à escalada diplomática entre Brasil e Estados Unidos, com medidas que incluem não só a taxação abrupta sobre o Brasil, mas também sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, via a Lei Magnitsky — movimento que Lula classificou como “inaceitável” e agressão à soberania brasileira

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