Economia

Aneel mantém bandeira vermelha em julho e conta de luz segue com cobrança extra

Consumo de energia continuará com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh; cenário hidrológico desfavorável pressiona custos de geração

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta quinta-feira (27) que a bandeira tarifária vermelha – patamar 1 – será mantida no mês de julho, o que significa que os consumidores brasileiros continuarão pagando uma taxa extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Aneel anuncia bandeira amarela na conta de luz em novembro
(pixabay.com)

A decisão é reflexo direto do cenário hidrológico desfavorável em várias regiões do país, que tem forçado o uso intensivo de usinas termelétricas, cuja geração é significativamente mais cara que a das hidrelétricas. Segundo a Aneel, os reservatórios seguem com níveis abaixo da média histórica, o que dificulta o abastecimento exclusivamente por fontes renováveis.

Essa é a segunda manutenção consecutiva da bandeira vermelha, aplicada também em junho. Técnicos da agência explicam que, embora houvesse risco de elevação para o patamar 2, o impacto econômico sobre os consumidores levou à decisão de manter o patamar 1.

A cobrança extra tem como objetivo não apenas equilibrar os custos de geração, mas também servir como um alerta para o uso consciente da energia elétrica. O modelo das bandeiras tarifárias – verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) – foi criado para refletir, de forma imediata, as condições de produção de energia no país e incentivar a moderação no consumo.

Para os consumidores residenciais, o impacto pode variar. Quem consome cerca de 200 kWh por mês terá um acréscimo de aproximadamente R$ 8,92 na conta de luz. A Aneel reforça que o uso eficiente de eletrodomésticos e a redução de desperdícios continuam sendo as melhores estratégias para aliviar o peso da tarifa mensal.

Enquanto o cenário climático não melhora, a agência não descarta a permanência da bandeira vermelha nos próximos meses. A orientação é clara: economizar energia é essencial, não apenas para o bolso, mas também para garantir a estabilidade do sistema elétrico nacional.

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