Motorista de aplicativo é sequestrado por falsos passageiros no Morumbi, zona sul de São Paulo

A Polícia Civil está investigando o sequestro de um motorista de aplicativo ocorrido no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, na noite desta segunda-feira (8). A vítima foi surpreendida por quatro assaltantes enquanto aguardava para iniciar uma nova corrida.

Segundo o depoimento prestado pelo motorista, os criminosos se passaram por passageiros e anunciaram o assalto assim que entraram no veículo. Eles o obrigaram a se deslocar para o banco traseiro e tomaram seus pertences. Na tentativa de reagir, o motorista foi contido pelos criminosos, que fugiram rapidamente com o carro da vítima.

Imagens podem ser chave para identificar os autores

Imagens de câmeras de segurança da região foram captadas e devem ser determinantes para a identificação dos suspeitos. A polícia trabalha com base nesses registros e nas informações fornecidas pelo motorista, que conseguiu descrever parte da ação e os autores.

Apesar do susto, a vítima não sofreu ferimentos graves.

Insegurança crescente para motoristas de app

O caso não é isolado. De acordo com relatos de outros trabalhadores do setor, o número de sequestros-relâmpago, assaltos e tentativas de roubo a motoristas de aplicativo tem aumentado em São Paulo — especialmente em regiões de menor circulação noturna e nos arredores de bairros nobres como o Morumbi.

Criminosos frequentemente se passam por passageiros legítimos, apenas para anunciar o assalto durante ou ao final das corridas. Em muitos casos, os motoristas são forçados a entregar celulares, dinheiro, maquininhas e o próprio veículo.

Pressão por mais segurança nas plataformas

A situação tem levado sindicatos e associações de motoristas a pressionar as plataformas digitais de transporte por maior rigor na identificação dos usuários. Uma das demandas mais comuns é a exigência de documentos oficiais e verificação por biometria ou selfie antes da liberação do uso do app por passageiros.

Além disso, há apelos por botões de emergência mais visíveis e funcionais, rastreamento em tempo real e compartilhamento obrigatório de corridas com contatos de confiança.

Até o momento, nenhum dos criminosos foi preso. A polícia segue com as investigações.