Sem deliberação na Câmara e no Senado, MPs caducam
Por Karine Mello
- Vacina contra dengue do Butantan deve chegar ao SUS em 2026Imunizante nacional avança na Anvisa e pode reforçar o combate à doença no próximo verão, com produção local e dose única
- Manhã mais fria do ano tem geada no extremo sul da cidade de São PauloTemperatura chegou a 3,1 °C em Parelheiros e provocou geada na região; sensação térmica foi ainda menor, segundo CGE
- Senado segue a Câmara e derruba decreto que aumentava alíquotas do IOFCongresso anula medida do governo estimada em R$ 10 bilhões; governo busca novos caminhos para cumprir meta fiscal
- Interior de SP registra temperaturas negativas e capital tem madrugada mais fria de 2025Frente fria traz recordes no estado: Corumbataí despenca a –2,4 °C, e São Paulo capital atinge mínima de 5,9 °C nesta quarta (25).
- CNPE aprova mistura de etanol a 30% na gasolina e biodiesel a 15% no dieselCom início em 1º de agosto, medida busca reduzir importações, baratear combustíveis e fortalecer biocombustíveis como estratégia energética sustentável no Brasil.
Em vigor desde março, a Medida Provisória (MP) 878/2019, que prorroga contratos temporários de pessoal no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), perdeu a validade nesta quarta-feira (24). Ontem (23), outra MP, a 877/2019, que mudava a cobrança de quatro impostos na compra de passagens por órgãos públicos federais – feita diretamente às companhias aéreas – também caducou.
Nos dois casos, as Mps foram aprovadas em comissão mista, mas não chegaram a ser analisadas nos plenários da Câmara e do Senado.
No total, desde o início do ano, seis medidas provisórias já tiveram vigência encerrada. Nesta lista também estão a MP 873, que extinguia a contribuição sindical na folha salarial , a MP 874, que concedia auxílio para as vítimas de Brumadinho (MG), a MP 875 – com o mesmo objetivo da anterior – e a MP 876, que facilitava a abertura e o fechamento de pequenos empreendimentos.
Reflexos
Quando uma MP perde a validade sem ter sido transformada em lei, o Congresso Nacional pode optar por definir, por meio de projeto de decreto legislativo, regras que regulamentem os atos ocorridos na sua vigência. Se isso não acontecer, esses atos praticados são convalidados.
Desde a posse, em 1º de janeiro, do presidente Jair Bolsonaro, das 19 MPs que foram editadas, somente três – MP 870, MP 871e MP 872 – foram convertidas em lei até agora.
A primeira foi responsável pela reforma administrativa do governo, que reorganizou ministérios, a segunda trouxe regras de combate a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a 872 prorrogou o prazo para pagamento de gratificações a servidores cedidos à Advocacia-Geral da União (AGU).