Dólar recua a R$ 5,56 em meio à expectativa por pacote fiscal
Moeda atinge menor cotação do ano com notícia de recalibragem do IOF e avanço de medidas pelo governo
Nesta segunda-feira (9), o dólar à vista fechou em R$ 5,5626, em queda de 0,13%, alcançando o menor valor de fechamento de 2025. O patamar também é o mais baixo desde 8 de outubro de 2024, quando a cotação foi de R$ 5,5334.

O movimento de queda foi influenciado por fatores internacionais — como o recuo do dólar global — e pela sinalização positiva de um pacote fiscal em discussão entre o governo e o Congresso. Um dos principais pontos é a “recalibragem” do IOF, com expectativa de redução e compensações envolvendo alterações no Imposto de Renda sobre investimentos.
Pela manhã, a moeda chegou a se aproximar de R$ 5,60, mas recuou durante o dia, com o dólar futuro para julho (mais negociado na B3) caindo cerca de 0,11% para R$ 5,5860.
A expectativa de que o pacote inclua cobrança de 5% de IR sobre LCIs, LCAs e debêntures incentivadas, além de ajustes na tributação de apostas e possíveis cortes em incentivos fiscais, vem atraindo atenção do mercado. No entanto, há ceticismo se tais medidas conseguirão passar no Congresso, e a indefinição ainda gera volatilidade nos preços dos ativos.
Cenário do mercado
- Juros futuros recuaram à tarde, com médias negativas em vencimentos longos (de 2027 em diante), refletindo o otimismo quanto ao ajuste fiscal.
- O Ibovespa também fechou em queda, registrando a quarta sessão consecutiva no vermelho, com recuo de cerca de 0,33%, influenciado também pela Petrobras e incertezas fiscais.
O que observar adiante
- Detalhamento do pacote fiscal: o mercado espera definição sobre alíquotas de IOF, IR e desonerações até o início da semana.
- Decisão do Congresso: a aprovação ou rejeição das medidas definirá o rumo da curva de juros e câmbio.
- Reação externa: o andamento das negociações entre EUA e China também seguirá influenciando o humor global e, por consequência, o dólar.







