Brasil

Brics aprova parceria inédita para eliminar doenças socialmente determinadas

Bloco institui “Parceria para Erradicação das Doenças da Pobreza”, voltada a tuberculose, malária, dengue e hanseníase

Na 17ª Cúpula dos Brics, realizada neste domingo (6) no Rio de Janeiro, os líderes do bloco aprovaram uma Parceria para Eliminação das Doenças Socialmente Determinadas, iniciativa voltada a agravos típicos da pobreza, como tuberculose, hanseníase, malária, dengue e febre amarela. A medida foi incluída na Declaração Final, fruto das discussões preparatórias entre ministros da Saúde e subscrita por 11 países-membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e 3 parceiros (Malásia, Bolívia e Cuba).

Brics aprova parceria inédita para eliminar doenças socialmente determinadas
Bloco institui “Parceria para Erradicação das Doenças da Pobreza”, voltada a tuberculose, malária, dengue e hanseníase(Fernando Frazão-Agência Brasil)

Inspirada no Programa Brasil Saudável, a iniciativa brasileira busca combater não apenas os sintomas, mas as causas estruturais da desigualdade em saúde — como pobreza, exclusão e condições ambientais — por meio de respostas integradas, pesquisa colaborativa, compartilhamento de sistemas de saúde digital e medicina tradicional. Em comunicado oficial, o Brasil destacou a medida como “um marco para o avanço da equidade em saúde e demonstra nosso compromisso em combater as causas profundas das disparidades”.

O acordo também reforça a cooperação contra a tuberculose e o uso racional de antimicrobianos, com o fortalecimento de capacidades para prevenir doenças transmissíveis e não transmissíveis, incentivo à pesquisa em vacinas e combate aos desertos de medicamentos entre os países do Sul Global. A adoção de um comitê permanente, com ministros da Saúde reunindo-se anualmente, assegura monitoramento contínuo e expansão de recursos financeiros e tecnológicos.

A parceria posiciona os Brics na vanguarda da saúde global, promovendo uma agenda de solidariedade sul‑sul para doenças negligenciadas que são pouco priorizadas em pesquisas dos países ricos. O passo marca um fortalecimento das capacidades técnicas e das políticas públicas em saúde, com previsão de publicação de um documento detalhado ainda nesta segunda-feira (7), durante a sessão de saúde global da cúpula.

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