Trump avisa que ataques serão “ainda maiores” se Irã reagir a bombardeio
Trump ameaça retaliação “mais letal e fácil” caso Teerã responda ofensiva americana contra instalações nucleares; alerta eleva risco de escalada no Oriente Médio
O presidente Donald Trump avisou neste sábado (21) que os Estados Unidos estão preparados para lançar ataques ainda mais letais e devastadores contra o Irã caso o país decida retaliar os bombardeios realizados por Washington e Israel em instalações nucleares iranianas.
Em pronunciamento oficial, Trump declarou que os recentes ataques foram um “sucesso militar espetacular” e afirmou que Fordow, Natanz e Isfahan agora veem a escolha entre “paz ou tragédia”, pois há ainda “muitos alvos” que os EUA podem atingir com precisão, velocidade e facilidade muito maiores nos próximos impactos. Segundo ele, se o Irã não buscar um acordo, Washington responderá com força ainda maior — uma ameaça que reforça o tom hostil e de ultimato na tensão entre os países.
A postura norte-americana intensifica o risco de escalada militar na região, considerando o histórico de tensões em torno do programa nuclear iraniano e a forte reação que Teerã pode desencadear. Embora um porta-voz iraniano já tenha frisado que “reserva todas as opções” para se defender, inclusive retaliações contra bases americanas, o endurecimento da retórica de Trump agrava o clima de incerteza.
Além das ameaças diretas, o posicionamento de Trump deve acelerar a movimentação global de tropas e armas: bombardeiros B‑2 foram posicionados em Guam, porta-aviões estão em alerta vermelho no Golfo Pérsico, e aviões-tanque foram deslocados para garantir apoio logístico para operações rápidas. O governo americano, contudo, enfrenta questionamentos internos sobre a legitimidade dessas ações — alguns legisladores argumentam que não houve autorização formal do Congresso, o que pode trazer repercussões institucionais .
No âmbito diplomático, os olhos se voltam agora para Moscou, Bruxelas e as Nações Unidas, que fizeram apelos urgentes por contenção e reconciliação. Se o Irã decidir reagir, a região pode entrar em estado de conflito aberto, com consequências gravíssimas: risco de retaliação contra o tráfego no Estreito de Hormuz, elevação expressiva no preço do petróleo e pressão adicional sobre mercados financeiros.
Neste momento, a mensagem dos EUA soa como um ultimato claro: há espaço para trégua, mas a alternativa será um conflito ampliado, com efeitos imprevisíveis para o Oriente Médio e o mundo.