Desaprovação ao governo Lula atinge 56,7%, aponta Paraná Pesquisas
Levantamento com 2.020 brasileiros revela leve recuo na rejeição, dentro da margem de erro, e estabilidade nos índices de aprovação
A sondagem realizada pelo instituto Paraná Pesquisas entre 18 e 22 de junho, com 2.020 entrevistados em todos os estados e no Distrito Federal, revela que 56,7% dos brasileiros desaprovam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já 39,8% aprovam e 3,5% não souberam ou não responderam.

A margem de erro é de 2,2 p.p. e o nível de confiança do estudo é de 95%.
Variação comparativa
Houve pequenas flutuações desde a rodada anterior, em abril:
Desaprovação caiu de 57,4% para 56,7%, recuando 0,7 p.p.
Aprovação subiu de 39,2% para 39,8%, crescimento de 0,6 p.p. Ambas alterações estão dentro da margem de erro, sugerindo um cenário estável.
Avaliação da gestão
Além dos índices de aprovação e reprovação, a pesquisa perguntou sobre a qualidade do governo:
Ótimo ou bom: 25,6%
Regular: 25,8%
Ruim ou péssimo: 47,5%
Embora 39,8% aprovem a gestão de forma geral, menos de dois em cada cinco consideram o desempenho “ótimo” ou “bom”.
Contexto político
A sondagem indica que o governo Lula permanece com níveis de desaprovação acima de 50%, ainda que com oscilação mínima. Situações econômicas, tensões políticas e debates como a taxação do Pix e a crise do INSS vêm influenciando a percepção pública.
Para comparação, outras pesquisas como Datafolha, Genial/Quaest e IPEC, divulgadas recentemente, apresentam links de tendência, embora metodologias e períodos de coleta variem. O histórico mostra que (%) de avaliação “ótima”/“boa” costuma oscilar entre 24% e 29%, regular entre 29% e 33%, e ruim/péssimo entre 37% e 44%.
O que isso significa?
A estabilidade nos indicadores sugere um racha acentuado no cenário político: uma base consistente que aprova o governo, e uma fatia igualmente sólida de desaprovadores.
Oscilações dentro da margem de erro apontam que o quadro não mudou significativamente desde abril.
A consolidação da desaprovação acima de 50% pode impactar duramente o governo em pautas legislativas e estratégias eleitorais rumo a 2026.