Política

Tarcísio cobra votação da anistia e critica STF durante ato na Paulista

Em manifestação no Dia da Independência, governador de SP pede liberdade para Bolsonaro, ataca Alexandre de Moraes e pressiona Câmara dos Deputados.

Em discurso inflamado realizado neste domingo na emblemática Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), utilizou das comemorações do Dia da Independência para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em pauta o projeto de anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Qual o recado que a gente vai dar para o Hugo Motta?”, cobrou Tarcísio, motivando gritos de “anistia já” da plateia. “Paute! Paute a anistia!”, reiterou.

Tarcísio cobra votação da anistia e critica STF durante ato na Paulista
Em manifestação no Dia da Independência, governador de SP pede liberdade para Bolsonaro, ataca Alexandre de Moraes e pressiona Câmara dos Deputados(Reprodução)

O governador também criticou duramente o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele classificou o processo que investiga Bolsonaro por tentativa de golpe como “frágil” e baseado em uma “delaração mentirosa”, sem evidências concretas como ordens, áudios ou documentos que comprovem o crime. “Estamos diante de um crime que não existiu”, ressoou em sua fala.

Além disso, Tarcísio atacou o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de agir como um ditador. “Não vamos aceitar a tirania de um poder sobre o outro. Chega!”, declarou, complementando que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.

O governador reforçou seu apoio a Bolsonaro como a opção política da direita e pediu que o ex-presidente possa disputar as próximas eleições: “Deixa Bolsonaro ir para a urna. Qual o problema?”, insistiu.

Para justificar a proposta de anistia, Tarcísio recorreu à história política brasileira: lembrou que o PT só existe hoje porque foi beneficiado pela anistia de 1979, aprovada durante a ditadura militar e que possibilitou o retorno de exilados e o surgimento de partidos de oposição. “Por que não dar anistia agora?”, questionou, traçando um paralelo com a situação atual.

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