Destruição de garimpo ilegal em Roraima desmonta laboratório logístico criminoso
Operação Asfixia desativa pistas clandestinas, aeronaves e acampamentos na Terra Indígena Yanomami, com apoio de drones e barreiras fluviais.
Durante o mês de junho, a Operação Asfixia mobilizou equipes da Funai, PRF, Força Nacional, Anac, ANTT e Ibama para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, desarticulando de forma expressiva a infraestrutura criminosa que sustentava a atividade. Dois meses após as ações, a Casa de Governo de Roraima divulgou o balanço, revelando que foram destruídas duas pistas clandestinas mais estratégicas — Mukuin e Noronha — além de duas aeronaves utilizadas para abastecimento e transporte ilegal. Mais de 14 acampamentos, 67 barracos, 12 cozinhas e equipamentos diversos como geradores, motores, rádios, mangueiras e cordas também foram inutilizados. Nove placas solares, 600 gramas de mercúrio, antenas satelitais, embarcações e munições foram apreendidas, enquanto drones e barreiras policiais reforçaram a fiscalização em vias terrestres e fluviais.

A operação, realizada de 9 a 29 de junho, utilizou uma base aérea sobre o garimpo do Rangel, servindo como ponto estratégico para ações aéreas, fluviais e terrestres ao longo do rio Uraricoera. Barreiras fluviais no Rio Couto Magalhães interromperam uma importante rota de abastecimento, enquanto drones ampliaram a vigilância em áreas remotas. Uma abordagem a um veículo transportando mais de mil litros de diesel e gasolina destacou os esforços para cortar o suprimento de insumos aos garimpeiros.
Segundo o diretor da Casa de Governo de Roraima, Nilton Tubino, “a Operação Asfixia cumpriu seu papel ao desmontar a estrutura logística do garimpo”, e deve ser seguida por novas fases voltadas à repressão financeira, uso de tecnologia de monitoramento e presença permanente em pontos-chave — com o objetivo de consolidar a desintrusão da terra indígena e prevenir qualquer reocupação criminosa.