Capital

Ato em São Paulo amplia pressão sobre Lula por rompimento com Israel

Manifestação pró-Palestina reúne milhares na Praça Roosevelt e cobra medidas concretas do governo brasileiro contra ofensivas em Gaza.

Neste domingo (15), cerca de 2 mil manifestantes pró‑Palestina se reuniram na Praça Roosevelt, em São Paulo, e marcharam por vias centrais como Consolação, Dr. Arnaldo e Pacaembu, cobrando do governo brasileiro o rompimento dos laços diplomáticos, comerciais e militares com Israel.

Ato em São Paulo amplia pressão sobre Lula por rompimento com Israel
Manifestação pró-Palestina reúne milhares na Praça Roosevelt e cobra medidas concretas do governo brasileiro contra ofensivas em Gaza(Reprodução-redes sociais)

Percurso e mobilização

O ato, batizado de “Contra o Genocídio na Palestina”, fez parte da Marcha Global para Gaza, que mobilizou protestos em várias capitais brasileiras, incluindo Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Boa Vista e Fortaleza.

Símbolos e falas

Bandeiras palestinas e faixas com mensagens como “Lula, rompa com Israel já!” e “É uma vergonha o Brasil ainda ter relações com Israel”, organizadas por movimentos como a CUT, ocuparam o centro, em um protesto considerado pacífico.

Participantes de destaque

Entre os presentes estavam o ativista Thiago Ávila, deportado recentemente de Israel após tentar levar ajuda humanitária em um veleiro, e políticos como o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que discursou:

“Gaza virou um campo de concentração a céu aberto. É o símbolo do apartheid contra o povo palestino no século 21”.

A ativista de origem palestina Soraya Misleh denunciou o que chamou de “holocausto na Palestina” e a necessidade de romper relações como medida de pressão. Já a deputada Samia Bonfim (PSOL‑SP) reforçou:
“Este é o maior massacre que nossa geração viu… só o rompimento com Israel terá eficiência”.

Pressão sobre Lula

Os manifestantes exigem medidas práticas, como suspensão de contratos militares e tecnológicos com Israel — por exemplo, na compra de blindados ou acordos com empresas como a Elbit Systems — e a remoção do embaixador em Tel Aviv, cargo que está vago desde maio de 2024.

Ato global

O protesto em São Paulo integrou um movimento global por Gaza, que neste fim de semana trouxe milhares para ruas de cidades como Londres, Paris, Barcelona, Istambul e outras, denunciando o bloqueio humanitário e pedindo abertura de corredores de ajuda em Rafah, no Egito.

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