Justiça

Bolsonaro nega à PF ter articulado sanções com governo Trump e diz que Eduardo age por conta própria

Em depoimento, ex-presidente afirma não ter tratado de sanções com autoridades dos EUA e confirma envio de R$ 2 milhões ao filho para despesas nos Estados Unidos

Bolsonaro nega à PF ter articulado sanções com governo Trump e diz que Eduardo age por conta própria

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5), ter mantido contato com autoridades norte-americanas, incluindo membros do governo do ex-presidente Donald Trump, para discutir possíveis sanções contra autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), agentes da Polícia Federal e membros da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro nega à PF ter articulado sanções com governo Trump e diz que Eduardo age por conta própria
Em depoimento, ex-presidente afirma não ter tratado de sanções com autoridades dos EUA e confirma envio de R$ 2 milhões ao filho para despesas nos Estados Unidos(Antonio Augusto-STF)

Bolsonaro também afirmou que não entregou qualquer dossiê ou documento ao filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sobre decisões do STF. Ele destacou que as ações de Eduardo nos Estados Unidos são “independentes e realizadas por conta própria” e que não auxilia ou determina “qualquer tipo de ação nos Estados Unidos”.

Durante o depoimento, Bolsonaro confirmou ter recebido, em 6 de maio, o Conselheiro Sênior do Departamento de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, mas não revelou os assuntos discutidos, alegando que foi uma conversa de “teor reservado”.

O ex-presidente também confirmou o envio de R$ 2 milhões ao filho para custear despesas nos Estados Unidos, afirmando que os recursos são oriundos de doações feitas por apoiadores em 2023. Bolsonaro ressaltou que não fez campanha nem pediu doações para manter o filho no exterior e que o Partido Liberal (PL) também não enviou recursos a Eduardo.

A investigação da PF, conduzida por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, apura se Eduardo Bolsonaro tentou influenciar autoridades norte-americanas a aplicar sanções contra membros do Judiciário brasileiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do STF, da PGR e da PF envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.

Bolsonaro negou qualquer envolvimento com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que teve a prisão decretada pelo STF e está foragida. Ele afirmou que não fez “nenhum Pix” para a parlamentar.

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