Irã lança mísseis contra bases dos EUA no Catar e no Iraque em retaliação a ataque nuclear
Ofensiva é resposta ao bombardeio de instalações nucleares iranianas pelos EUA; ataque não deixou vítimas
O Irã realizou nesta segunda-feira (23) uma ofensiva com mísseis contra duas importantes bases militares dos Estados Unidos no Oriente Médio: a Al Udeid Air Base, no Catar, e a base de Ain al-Asad, no Iraque. Segundo autoridades americanas e fontes militares da região, a ação foi uma retaliação direta aos ataques aéreos conduzidos pelos EUA contra instalações nucleares iranianas no final de semana.

De acordo com informações preliminares, os sistemas de defesa antiaérea do Catar conseguiram interceptar os projéteis direcionados à base de Al Udeid. Nenhum militar americano ficou ferido. No Iraque, os mísseis lançados contra Ain al-Asad não atingiram o alvo, segundo relatos de autoridades iraquianas.
O governo iraniano classificou a operação como uma resposta “calculada e proporcional”, enfatizando que o número de mísseis lançados foi equivalente ao número de bombas usadas pelos Estados Unidos no recente ataque às instalações nucleares iranianas.
A ofensiva foi batizada por Teerã de “Anúncio da Vitória” e foi amplamente divulgada pela imprensa estatal iraniana, que exibiu imagens dos lançamentos e mensagens de líderes militares destacando a capacidade de defesa do país diante de ameaças externas.
No campo diplomático, o ataque iraniano elevou ainda mais as tensões na região. O Catar, aliado estratégico dos EUA no Golfo, condenou a ação, classificando-a como uma violação de sua soberania. O Bahrein, por sua vez, fechou temporariamente seu espaço aéreo como medida preventiva.
O Pentágono confirmou os ataques, mas ressaltou que os danos materiais foram mínimos e que não houve vítimas. Em pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos afirmou que novas retaliações por parte do Irã poderão gerar uma resposta “muito superior”.
Especialistas em segurança internacional avaliam que a ofensiva iraniana foi uma demonstração de força, mas cuidadosamente planejada para evitar mortes americanas, numa tentativa de limitar a escalada do conflito.
Ainda assim, a situação permanece delicada. Analistas alertam para o risco de novas ações militares, principalmente se houver mais provocações de qualquer um dos lados. A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, temendo uma escalada mais ampla no Oriente Médio.